Arsène Wenger, antigo treinador e lenda do Arsenal, criticou a forma como o Manchester United se apresentou no dérbi do passado domingo contra o Manchester City, considerando que os red devils são uma equipa sem qualidade e espírito.
O agora comentador criticou também a tática que o treinador dos red devils Erik ten Hag escolheu para este encontro, sublinhando que não deveriam ter recorrido a Andre Onana com tanta frequência para lançar as jogadas ofensivas.
"Eu diria que o abismo entre as duas equipas tornou-se cada vez maior à medida que o jogo avançava. No final, para um clube tão grande, sentimos pena do Manchester United porque não há esperança na equipa. Não vejo onde é que eles podem melhorar, basicamente. Esta equipa perdeu a confiança, a qualidade e até o espírito. Diria que, para além disso, não foi um grande espírito de luta por parte do Manchester United", começou por dizer Wenger em declarações à beIN Sports, citado pelo jornal Daily Mail.
"Penso que o Manchester United sofre muito, antes de mais, com a qualidade, a qualidade individual dos jogadores. E senti que foram muito fracos a construir o jogo a partir de trás. Deram a bola tantas vezes ao guarda-redes quando tinham possibilidades de jogar para a frente. Eu diria que começou por aí. Depois, toda a equipa fica insegura e sem confiança, porque quando sentem que o medo está atrás, não querem a bola", prosseguiu, antes de analisar a exibição dos red devils contra o rival da cidade de Manchester.
"Eu diria que a segunda parte do grande problema deles foi a enorme distância entre o avançado e os defesas. Houve situações em que os avançados estavam a fechar-se, a tentar pressionar, e os defesas estavam 20 metros atrás da linha de meio-campo. Não se consegue recuperar a bola contra uma equipa como o Manchester City quando as distâncias são demasiado grandes. A equipa não estava suficientemente compacta e, depois, a diferença de qualidade individual", frisou ainda Wenger.
"Se me disserem esta noite quantos jogadores deles entram na equipa principal do Man. City? Para mim, [o fato de nenhum jogador do United entrar na equipa do City] resume tudo. Normalmente, num grande jogo ou num grande dérbi, diria que levaria três ou quatro de um lado para o outro. Isso resume o problema do Man United, basicamente", finalizou.
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