O selecionador nacional deu uma grande entrevista à RTP, na noite deste domingo. Roberto Martínez, garantiu que nunca cedeu a pressões externas para fazer convocatórias, nomeadamente do agente Jorge Mendes: "Eu sou uma pessoa de futebol mas totalmente neutral", garantiu. 

"Para mim foi uma surpresa. Não tenho nenhuma ligação com nenhuma instituição portuguesa. O Jorge Mendes é uma figura popular, há muitos anos a trabalhar no futebol, mas não afeta a Federação Portuguesa de Futebol.(...) Na minha carreira, nunca trabalharia numa instituição por influências", garantiu o espanhol. 

Além disso, Martínez deixou elogios ao crescimento de alguns jovens dentro da seleção nacional, já depois de falar da exclusão de alguns elementos, nomeadamente Pote e Paulinho:  

"No primeiro estágio, um jogador como Pedro Neto ou João Neves não estavam nas listas...É um acompanhamento aberto. A minha responsabilidade é estar sempre a acompanhar jogadores novos. (...) O Gonçalo Inácio cresceu muito. O seu primeiro jogo, e o último... É um jogador com uma experiência fora do normal para a sua idade. O João Neves cresceu mais rapidamente do que esperávamos. Ser o homem do jogo na Liga portuguesa contra o FC Porto, participar na Liga dos Campeões, com um papel importante na equipa é um momento que precisamos utilizar. Nunca vi um jogador a promover tanto respeito no balneário de uma forma natural", garante.

Durante a entrevista, Martínez insistiu várias vezes na ideia de flexibilidade, tanto tática como nas escolhas das convocatórias. E falou sobre a importância de não depender exclusivamente de Ronaldo, apesar da "fome" contínua do internacional português. 

O espanhol assegura gostar de Portugal ("de andar na rua, da comida e do povo") e quer continuar no cargo. "Estou muito focado em projetos. Trabalhar em seleções ou em clubes, estive nas duas experiências e é totalmente diferente. Agora tenho o maior projeto que posso imaginar. Treinar um clube português? Para mim, depois de sete anos da Bélgica, achava ser o momento ideal para voltar a um clube, mas o projeto de Portugal era perfeito. Aprendi que estar focado é o mais importante."

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