Já lá vai quase um ano desde que Jakub Jankto surpreendeu tudo e todos ao tornar-se no primeiro jogador da elite do futebol mundial a declarar-se homossexual. Uma decisão da qual, garante, agora, não está minimamente arrependido.

Numa extensa entrevista concedida, esta quarta-feira, à estação televisiva britânica BBC Sports, o internacional checo, que alinha ao serviço do Cagliari, encorajou outros a seguirem as suas pisadas: "Sei como as pessoas se sentem se têm de esconder algo, e desejo-vos boa sorte. Mantenham-se fortes, porque não há razão para ter medo".

"Quando o fiz, não tinha medo. Foi um grande momento para mim, mas, após seis ou sete meses, não posso dizer que tenha cometido um erro. Se pudesse fazê-lo novamente, faria, claramente, porque ajudou-me, assim como a muitas, muitas outras pessoas", começou por afirmar.

"Foi um grande momento para todos os jogadores, e muitos de muitos clubes escreveram-me, a agradecer. Penso que foi um exemplo bom e positivo para todos, e, agora, estou muito feliz por poder jogar sem me esconder ou ter medo", prosseguiu.

"Estava a pensar na situação, e concluí 'És o primeiro caso do género. Em 2023, não sei quantos milhões de pessoas são gay, e tu és o primeiro jogador gay dos cinco principais campeonatos'. Isto é estranho! Fiquei surpreendido com isso", completou.