O Sporting viveu uma noite de sonho em Londres na quinta-feira. A tarefa de ultrapassar o Arsenal era considerada muito complicada, mas Rúben Amorim viu os seus jogadores a agarrarem, com unhas e dentesm uma vaga nos quartos de final da Liga Europa. Isto num jogo que teve de tudo: golos, expulsão, prolongamento e... grandes penalidades.
Xhaka abriu o marcador, num lance de algum azar para os leões, mas Pedro Gonçalves assinou um momento de ouro, aos 63 minutos, quando 'sacou' de uma 'chapelada do tamanho de Londres' para surpreender Ramsdale e restabelecer a igualdade no marcador (e na eliminatória), que se manteve até ao final do tempo regulamentar.
No prolongamento o Arsenal meteu as 'garras' de fora, mas de pouco serviu, uma vez que Adán empurrou os ingleses para a decisão para as grandes penalidades e aí a sorte foi portuguesa.
Segue-se o sorteio desta sexta-feira, que ditará o nome do próximo adversário do Sporting, mas antes disso vamos aos protagonistas.
A figura
Pedro Gonçalves já passou por Inglaterra, ao serviço do Wolverhampton, mas muitos ingleses apenas devem ter fixado o nome do internacional português a partir de ontem. Aquele golo aos 63 minutos é um momento de uma vida. Do meio-campo para a baliza. Sem espinhas. Além do grande momento individual, aquele golo resgatou emocionalmente a equipa, que passou a acreditar que poderia sair de Londres com o apuramento.
A surpresa
Antonio Adán foi absolutamente decisivo nesta partida ao acumular defesas atrás de defesas, umas mais complicadas do que outras. O guardião espanhol tem vindo a assinar uma época com alguns percalços, mas ontem exibiu-se a um nível mundial. No prolongamento foi mesmo a melhor unidade do Sporting.
A desilusão
Marcus Edwards foi, de longe, o jogador em pior plano. Falhou passes, tomou decisões erradas e por vezes desapareceu. Na retina fica, ainda, a forma escandalosa como falhou um golo cantado na cara de Ramsdale, dez minutos após o (belo) tento de Pote. Noite para esquecer do inglês.
Os treinadores
Mikel Arteta
Arteta quis rodar algumas peças da equipa, guardando Saka, Partey ou Odegaard, e viu o Sporting assumir o comando do jogo na segunda parte. No entanto, não se pode crucificar o treinador espanhol que deu prioridade à Premier League. A razão é simples: há 19 anos que os gunners não são campeões.
Rúben Amorim
Sem Morita, Coates e Bellerín, o treinador Rúben Amorim montou uma equipa que não teve receio de bater de frente com o Arsenal no sempre intimidante Emirates. O Sporting chegou a ser melhor equipa do que os ingleses, nomeadamente na segunda parte, e apenas no prolongamento quebrou a nível. No final colocou um travão à euforia, numa atitude muito fiel à sua imagem.
O árbitro
O espanhol Mateu Lahoz foi adotando um critério largo e deixando o jogo fluir sem grandes interrupções. Decidiu bem ao expulsar Ugarte, por acumulação de amarelos, uma vez que o médio do Sporting teve de fazer falta para evitar um lance de contra-ataque já na segunda parte do prolongamento.
Leia Também: Pote imitou jogador do Arsenal nos festejos do Sporting em Londres