"Se viesse alguém defender-me agora, sentir-me-ia diminuído"
A análise de Rúben Amorim, em conferência de imprensa, após a derrota do Sporting em Alvalade e consequente queda para a Liga Europa.
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Desporto Rúben Amorim
Análise: Foi um jogo dividido, não muito bem jogado. Tivemos mais oportunidades e controlámos melhor o jogo. Depois do penálti, não nos pressionaram mais ou menos, foi golo e depois, numa bola bombeada, o segundo golo. Um jogo muito dividido, que caiu para a outra equipa.
Vitória do Tottenham em França ao cair do pano: O [golo do] Tottenham não salva a época do Sporting. Não estamos bem, fomos eliminados da Taça de Portugal e agora da Liga dos Campeões. Andamos estas semanas todas a falar da minha continuação, mas não estou minimamente preocupado com isso. O Tottenham não ajudou nada, porque nós não ganhámos.
O que tem corrido mal: Tem sido uma época difícil. O treinador tem de dar a cara e trabalhar todos os dias. Os jogadores dão o máximo, é notório, mas é curto neste momento, temos de admitir. Não há problema em admitir que falta qualquer coisa. A única forma de dar a volta a isto é trabalhar, ganhar jogos, marcar golos e não sofrer. Não há fórmulas magicas. É dar a cara e continuar a treiná-los como sempre.
Treinador mantém-se após muitas derrotas: Num clube tão grande como o Sporting, não é normal um treinador aguentar-se com tantos desaires. Vivo bem com isso, faz parte da nossa vida enquanto treinadores. Quanto a mim, é continuar a trabalhar e pensar já no próximo jogo.
Presidente dar a cara: Mais ninguém devia dar a cara neste momento, porque é uma parte desportiva. O presidente ou o Hugo Viana não têm culpa de a equipa ser eliminada pelo Varzim, de estar a 12 pontos e de sermos eliminados da Liga dos Campeões. Isso é para mim. Se viesse alguém defender-me agora, sentir-me-ia diminuído e não ajudado.
Futuro da equipa: Não sei o que se vai passar, temos a paragem do Mundial. Não entrar em dramas. A época está muito difícil, praticamente perdida, e o problema é apenas para o treinador. Eu tenho de dar a cara, principalmente hoje. Pode dizer-se que mais de metade está perdido porque os objetivos caíram. Enquanto tivermos plano para o futuro, nada está perdido.
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