O Clássico da décima jornada só se realiza no próximo dia 21 de outubro, mas começou a aquecer já este sábado, com o triunfo conquistado pelo FC Porto na visita ao Portimonense, por 2-0, que manteve os campeões nacionais em título a uma vitória de igualar o Benfica no topo.
Naquele que nem sempre foi um jogo bem jogado, com momentos de tensão e de agressividade no limite, os azuis e brancos conseguiram manter os pés bem assentes no chão e o plano inicial bem fixado na mente, e acabaram por conquistar um triunfo que, sem ser categórico, não merece qualquer tipo de contestação.
Matheus Uribe deu o primeiro sinal de perigo, aos 17 minutos, quando, de longe, obrigou Kosuke Nakamura a uma defesa atenta, mas, à segunda tentativa, Otávio não foi tão 'simpático', e, após combinar com Evanilson, 'disparou' mesmo para o fundo das redes.
O guarda-redes japonês voltaria a dizer 'presente' aos 39 minutos, quando desviou um remate de Mehdi Taremi que levava 'selo de golo', mas, aos 52, nada pôde fazer para impedir o toque de classe de Pepê, que 'matou' as aspirações do conjunto algarvio.
Já na reta final, os dragões 'retiraram o pé do acelerador' e ainda passaram por dois 'sustos', mas Yago Cariello estava em 'dia não', pelo que os alvinegros acabariam mesmo pode terminar a partida da nona ronda com a contagem a 'zeros'.
Feitas as contas, com este triunfo, o FC Porto isolou-se, provisoriamente, na segunda posição, com 22 pontos, menos três do que o líder, o Benfica, que, à mesma hora, bateu o Rio Ave, por 4-2. Quanto ao Rio Ave, é 11.º classificado, com nove pontos averbados.
Figura
Mais um jogo, mais uma grande exibição de Pepê. O brasileiro cumpriu na perfeição todas as tarefas ofensivas e até defensivas que Sérgio Conceição lhe atribuiu, na ala direita. Como se não bastasse, ainda assinou um golo repleto de classe, que colocou ponto final nas dúvidas quanto ao vencedor deste duelo.
Surpresa
Quem viu este jogo e não soubesse, dificilmente iria acreditar que Matheus Uribe foi alvo de uma intervenção cirúrgica ao pulso direito há, precisamente, uma semana. O internacional colombiano não se apresentou minimamente debilitado, no Algarve, e, foi, tal como nos habituou, peça determinante nas dinâmicas do FC Porto.
Desilusão
Ao contrário daquilo que é habitual, Fahd Moufi revelou-se bastante ‘tímido’ na ala direita da defesa do Portimonense. Não só pouco contribuiu para a produção atacante dos algarvios, como ainda comprometeu no golo de Pepê, onde ficou a queixar-se de ter sofrido uma suposta falta de Mehdi Taremi.
Treinadores
Paulo Sérgio: Foi um Portimonense bem organizado e de 'sangue na guelra' aquele que se apresentou em campo, diante dos campeões nacionais em título. Competente na defesa, mas inofensivo no ataque, com exceção da dupla Moustapha Seck-Rui Gomes, que deu 'dores de cabeça', na ala esquerda, e de um Yago Cariello desinspirado, no momento em que podia ter 'ferido' o adversário.
Sérgio Conceição: Uma vitória 'sem espinhas' do FC Porto. Defensivamente, a equipa pouco trabalho teve, com exceção dos minutos finais, onde deu a sensação de ter 'descomprimido'. No ataque, a 'magia' de jogadores como Pepê, Otávio ou Mehdi Taremi tornou tudo, aparentemente, fácil, pelo que o resultado não merece qualquer tipo de contestação.
Árbitro
Manuel Mota assumiu um critério disciplinar largo, por vezes, até demasiado. O maior exemplo disso teve lugar logo aos 16 minutos, quando Rui Gomes se ‘esqueceu’ que já tinha recebido um cartão amarelo e entrou com tudo sobre Evanilson, tendo o juiz ‘perdoado’ uma expulsão que deixaria o Portimonense numa posição delicada desde bem cedo.
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