No dia em que Roger Federer se despediu dos courts, durante a Laver Cup, também Rafael Nadal não escondeu as lágrimas.
A relação bastante cúmplice que mantêm fora dos recintos desportivos faz com que os momentos vividos por cada um dentro de court tenha um significado especial para o que vive desde fora. Em 2009, ano em que o suíço ganhou o seu único torneio de Roland Garros, o maiorquino não escondeu a alegria que sentiu por Federer ao vê-lo conquistar o Grand Slam de carreira.
“Naquele momento eu não queria que Federer ganhasse essa final, a verdade é essa. A meio de uma rivalidade, eu tinha hipóteses de ser número um e se ele ganhasse muito provavelmente ia passar-me. Por outro lado, sou uma pessoa que ama o desporto acima de tudo. Já lhe tinha ganho nas finais de 2006, 2007 e 2008 e eu acredito que quando alguém está tão perto de ganhar é porque o merece mesmo”, começou por dizer Nadal ao programa espanhol El Partidazo da Cadena Cope.
“Ele ia fazer o Grand Slam de carreira. Quando o encontro acabou e ganhou o título, fiquei emocionado e chorei em casa. Chorei por ver alguém como Federer, por quem tenho grande apreço e admiração além da rivalidade desportiva, ganhar nesse momento depois de tentar durante tantos anos. Isso fez-me emocionar e chorar. Em termos desportivos era mau para mim ele ter ganho, mas parecia-me justo e tocou-me que tenha fechado o Grand Slam de carreira”, asseverou.
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