"A APCVD tomou boa nota do pedido de reunião feito pela Liga Portugal [Liga Portuguesa de Futebol Profissional]. No entanto, atendendo ao facto da regulamentação de segurança dos recintos desportivos enquadrar o futebol profissional, o futebol não profissional e as modalidades de pavilhão, pretende esta Autoridade reunir com as federações desportivas e a Liga", indicou o organismo, em curta nota.
Assim, o organismo vai juntar à mesa as federações de futebol, patinagem, voleibol, andebol e basquetebol, além da Liga Portuguesa de Futebol Profissional que foi quem, na segunda-feira, requereu uma reunião com "caráter de urgência".
"Pretende-se, entre outros objetivos, acomodar as medidas necessárias ao cumprimento das recomendações da Nota Informativa 1/2022 - APCVD, sobre "Equilíbrio e compatibilização das componentes 'Segurança', 'Proteção' e 'Serviços' em espetáculos desportivos", especificou a Autoridade.
A questão da segurança nos recintos desportivos volta a estar em debate depois dos recentes dois episódios de violência nos estádios, o último dos quais no sábado, na visita do campeão FC Porto a casa do Estoril Praia (1-1), quando um homem, com uma criança ao colo, ambos com camisolas dos 'dragões', em zona de bancada destinada aos adeptos anfitriões, foram alvo de insultos e ameaças, alem de supostas cuspidelas.
Uma semana antes, também em zona determinada para os associados do clube local, foi uma criança, acompanhada pelo pai, que foi obrigada a retirar a camisola do Benfica na deslocação do clube da Luz ao Famalicão.
Ambas as situações mereceram repúdio das entidades que lideram o futebol, bem como da tutela.
No total, atualmente, são cerca de 250 os adeptos impedidos de acederem a recintos desportivos, segundo dados do Ponto Nacional de Informações sobre o Desporto, 170 dos quais após medidas aplicadas pela APCVD.