O FC Porto perdeu na deslocação ao Estádio dos Arcos, este domingo, diante de um Rio Ave (3-1) que conseguiu somar o primeiro triunfo da época e, simultaneamente, retirar os dragões da possibilidade de continuar na liderança da I Liga.
Os vilacondenses superiorizaram-se na primeira parte perante um FC Porto algo irreconhecível e, por essa razão, a diferença ao intervalo era de... três golos.
Aziz aproveitou a desatenção da defesa adversária para inaugurar o marcador aos 22 minutos. Pedro Amaral não tardou em ampliar a vantagem e, já perto do minuto 45, Aziz tratou de assinar o bis no encontro, causando o desespero no seio dos dragões.
É certo que a equipa de Sérgio Conceição procurou reagir na segunda parte e, mesmo com a tripla alteração ao intervalo, deparou-se com várias dificuldades para 'desmanchar' a estratégia de Luís Freire.
Num mar de intranquilidade, Taremi ainda teve espaço para desperdiçar uma grande penalidade à passagem da hora de jogo e, de certa forma, travou as aspirações do FC Porto em reduzir a larga desvantagem que tinha levado para o intervalo.
Os dragões apenas conseguiram reduzir para 3-1 na reta final, por intermédio do recém-entrado Toni Martínez, mas não impediram que a liderança passasse para as mãos do Sporting de Braga, a título provisório, uma vez que o Benfica ainda poderá agarrar-se a esse estatuto já esta terça-feira.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Aziz, incontornavelmente, revelou ser o grande destaque da partida deste domingo. Dois golos e uma assistência acabam por resumir a participação do avançado ex-Vitória SC e Estoril naqueles que foram os três golos do Rio Ave ainda no primeiro tempo. Assertivo no passe, insistente nos duelos e 'matador' na hora de atirar à baliza. O resumo de um avançado em ascensão.
Surpresa
Pedro Amaral surpreendeu, não pela sua qualidade, mas por ter aparecido em certas zonas do terreno onde, provavelmente, o FC Porto não esperaria que aparecesse. Com o esquema de três centrais, os laterais estiveram naturalmente projetados no momento ofensivo, mas o português de 25 anos destacou-se nesse capítulo e, além de ter assistido para o 3-0, ainda apontou o segundo golo do Rio Ave momentos antes.
Desilusão
Mehdi Taremi esteve aquém das expectativas a todos os níveis, a começar pela grande penalidade que desperdiçou à passagem da hora de jogo e que acabou por bloquear o sonho do dragão em conseguir outro resultado. A juntar a esse lance, o avançado iraniano perdeu vários duelos aéreos e raras vezes representou ser um perigo para o setor defensivo adversário, o que por si só já é surpreendente.
Treinadores
Luís Freire 'fintou' os maus resultados no arranque de campeonato e soube como montar a estratégia perfeita para derrubar o conjunto de Sérgio Conceição. A equipa esteve sempre bem organizada a defender e a atacar, montou as peças certas para desequilibrar o adversário no centro e nas alas e, além disso, o técnico dos vilacondenses soube como puxar pelo público nos momentos em que a equipa mais precisava.
Sérgio Conceição teve um 'dia não' à frente dos dragões e o onze que tinha entrado em campo para o Clássico, da passada jornada, demonstrou não estar à altura daquilo que o Rio Ave planeou para o jogo. Após a primeira parte de baixa qualidade, o técnico dos azuis e brancos esteve bem ao arriscar na tripla alteração e a palestra ao intervalo terá mexido com a mentalidade dos jogadores, mas sem grande efeito no campo.
Árbitro
Tiago Martins protagonizou uma arbitragem sem polémicas e, se é verdade que não viu a mão na bola de Costinha na grande área numa primeira instância, também o é que não demorou muito a assinalar penálti ao consultar as imagens no VAR. De resto, arbitragem segura e coerente no momento de assinalar as faltas e de puxar dos cartões amarelos.
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