Aos 31 anos, Yevhen Pronin é o mais jovem presidente de uma Federação de atletismo de todo o planeta, tendo sido 'promovido', de forma interina, ao cargo, ao mesmo tempo que se mantém na linha da frente do combate ucraniano à invasão militar por parte da Rússia.
Esta semana, o jovem advogado irá, ainda assim, deixar, momentaneamente, Kyiv, para comandar a comitiva da seleção nacional nos Campeonatos da Europa, que decorrem na cidade alemã de Munique, antes de regressar a 'casa'.
Em entrevista concedida à edição desta segunda-feira do jornal britânico The Telegraph, o líder da Federação de Atletismo da Ucrânia explicou como tem sido os últimos meses, e os motivos pelos quais optou por não sair, até agora, do país, na companhia da família.
"Quando a guerra começou, a 24 de fevereiro, escolhi algo que muitos rapazes e homens da Ucrânia escolheram. Assinei um contrato e tornei-me soldado do exército ucraniano. Não tinha experiência, mas estava preparado, mental e emocionalmente", começou por dizer.
"Sinto-me bem, porque estou a fazer isto pelo meu país. Se não os matarmos, eles podem matar as nossas crianças, ou nós mesmos. É claro que não sou um assassino na vida real. Tivemos vários problemas com a Rússia, talvez, ao longo dos últimos 200 ou 300 anos", prosseguiu.
"Para a minha geração, é uma oportunidade. Os meus pais tê medo de fazer alguma coisa, porque cresceram fazendo parte da União Soviética, mas a minha geração é diferente. Com as sanções internacionais, é a melhor altura para fazê-lo", completou.
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