A ex-tenista Andrea Jaeger, duas vezes finalista de torneios do Grand Slam, revelou, em entrevista ao The Independent, que foi assediada sexualmente "pelo menos 30 vezes" no balneário feminino durante sua carreira por uma funcionária da Associação de Ténis. 

Jaeger, agora com 57 anos, conquistou 10 títulos na carreira antes de se retirar aos 19 anos, devido a uma lesão no ombro que a fez passar por sete ocasiões pelo bloco operatório.

"Eu vestia-me dentro de cabines fechadas ou no banho para evitar comentários, o interesse ou ações abusivas de outras pessoas. Sofri pelo menos 30 casos de assédio por um membro específico. Essa funcionária em particular tinha um grande problema em manter as mãos quietas. Eu também evitava ficar sozinha em zonas de treino, porque ela também aí se aproximava", frisou.

Jaeger, que em 2006 se tornou irmã Andrea, freira dominicana e membro da Igreja Episcopal em Santa Rosa Beach, Florida, disse que também lhe foram dadas bebidas alcoólicas após o Campeonato da WTA de 1982 e começou a sentir-se doente. Uma funcionária deu-lhe boleia para casa. "Quando lá chegámos, ela acompanhou-me até à porta e tentou algo comigo. Ela estava a tentar beijar-me. Eu estava tão mal que subi as escadas de casa a tentar não vomitar e para que o meu pai não me visse".

Quando relatou estes acontecimentos à WTA, a ex-tenista foi ameaçada, como revelou na entrevista ao The Independent: "Foi-me dito: 'Se disseres mais uma palavra sobre isto, vamos certificar-nos de que a bolsa de estudos da tua irmã em Stanford é retirada. Sempre que eu tentava defender-me, eles ameaçavam magoar outra pessoa".

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