Humans Rights Watch acusa FIFA de insultar trabalhadores migrantes

A organização Human Rights Watch (HRW) considerou hoje que o presidente da FIFA insultou os migrantes envolvidos na construção de instalações para o Mundial de futebol Qatar2022 ao desvalorizar as mortes ocorridas em acidentes de trabalho.

Portugal sobe ao quarto lugar no 'ranking' da FIFA, Alemanha nova líder

© Lusa

Lusa
04/05/2022 12:34 ‧ 04/05/2022 por Lusa

Desporto

Futebol

Numa carta divulgada hoje, a diretora de iniciativas globais da HRW, Minky Worden, refere que Gianni Infantino "minimizou de forma surpreendente as mortes e as dificuldades dos trabalhadores migrantes no Qatar, onde, literalmente, construíram o Mundial FIFA2022".

A Organização Não-Governamental (ONG) entende que "é preciso mostrar ao mundo que as mortes e os abusos sobre os trabalhadores migrantes no Qatar são uma mancha histórica que precisa de ser reparada, antes que a bola comece a rolar" na competição, que decorrerá no Qatar, entre 21 de novembro e 18 de dezembro.

Na terça-feira, Gianni Infantino, desvalorizou as mortes ocorridas na construção dos estádios para o Mundial2022, preferindo elogiar o "orgulho" e "dignidade" dados aos trabalhadores neste projeto.

"Quando se dá um emprego a alguém, mesmo que as condições sejam duras, damos dignidade e orgulho. Não é caridade", disse o dirigente, durante a conferência mundial do Milken Institute, em Los Angeles.

Infantino respondeu desta forma quando foi questionado sobre se a FIFA iria usar os seus lucros para ajudar as famílias dos muitos migrantes que morreram nos últimos anos a construir os estádios, em condições de trabalho muito precárias denunciadas amiúde pelos media e organizações internacionais.

"Seis mil trabalhadores podem estar a morrer noutros lugares [...]. A FIFA não está aqui para ser a polícia do mundo nem é responsável por tudo o que acontece, mas graças a si e ao futebol, contribuiu para uma mudança social positiva no Qatar", destacou.

O italo-suíço defendeu que "morreram três pessoas" nessas circunstâncias, contudo o jornal The Guardian apresentou recentemente outros números, mais concretamente 6.500.

O Qatar tem rejeitado os balanços de organizações independentes internacionais, assegurando que tem feito mais pelos migrantes do que qualquer outro país da região.

Segundo dados da Amnistia Internacional (AI), desde 2015, morreram 35 pessoas em projetos do Mundial, mas existe um número indeterminado de mortes ocorridas em outras construções relacionadas com a competição.

Entre 2010 e 2019, mais de 15.000 trabalhadores estrangeiros morreram no Qatar, tendo a maioria dos óbitos sido atribuída a problemas cardiovasculares.

O Mundial de futebol, no qual marcará presença a seleção portuguesa, disputa-se entre 21 de novembro a 18 de dezembro.

Todos os jogos em direto do FIFA Mundial de Clubes são na app DAZN. Regista-te Grátis em dazn.com/fifa

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Rede social

"Parto triste". Ex-Benfica diz adeus a Barcelos... a caminho do FC Porto

Hóquei em Patins

"Parto triste". Ex-Benfica diz adeus a Barcelos... a caminho do FC Porto

Liga portuguesa

ClubeJPts
1Sporting3482
2Benfica3480
3FC Porto3471
4Sp. Braga3466
5Santa Clara3457
6Vitória SC3454
7Famalicão3447
8Estoril3446
9Casa Pia3445
10Moreirense3440
11Rio Ave3438
12Arouca3438
13Gil Vicente3434
14C.D. Nacional3434
15Estrela3429
16AVS3427
17Farense3427
18Boavista3424
Liga dos CampeõesLiga EuropaDesporomoção

Sobre rodas

Xiaomi SU7 Ultra bate recordes e ganha edição limitada de Nürburgring

carros elétricos

Xiaomi SU7 Ultra bate recordes e ganha edição limitada de Nürburgring

Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas