O Sporting goleou na noite de domingo, em pleno  Dia da Mãe, o Gil Vicente, por 4-1, e garantiu o acesso direto à Liga dos Campeões na próxima época, adiando simultaneamente a possibilidade de o FC Porto sagrar-se campeão nacional no sofá e atirando a resolução desta corrida para o Clássico na Luz.

Pablo Sarabia, Marcus Edwards, Lucas Cunha, na própria baliza, e Pedro Gonçalves, de grande penalidade, selaram o triunfo dos verde e brancos, que sabiam que precisavam de vencer para ainda terem hipótese de revalidar o título alcançado na época passada. Fran Navarro marcou o golo dos gilistas em Alvalade.

Para lá de saírem deste encontro com os bolsos cheios fruto dos milhões que viram da entrada direta na Liga dos Campeões, os leões adiaram por uma semana a decisão do título de campeão nacional da presente temporada desportiva.

Benfica e FC Porto medem forças na Luz no próximo sábado e o Sporting sabe de antemão que outro resultado que não a vitória do eterno rival da Segunda Circular ditará que o título rumará ao Dragão. Mas o trabalho não se resume ao recinto encarnado. Os verde e brancos, que entram em campo já depois do Clássico, têm de vencer na deslocação ao Portimonense para se manterem na corrida pelo primeiro lugar da tabela classificativa.

Já o Gil Vicente, que não teve no banco de suplentes o seu treinador Ricardo Soares, elevou para seis a série de jogos sem vencer (três empates e outras tantas derrotas), mas que procura ainda garantir o quinto lugar da I Liga, que lhe dá o acesso à Liga Conferência Europa, numa corrida com o Vitória SC.

Mas vamos às notas deste encontro:

Figura

Nuno Santos não marcou, mas esteve perto disso, nem assistiu para nenhum dos golos do Sporting diante do Sporting, mas esteve em plano de destaque no lado esquerdo dos verde e brancos. Sofreu o penálti que esteve na origem do 1-0 e construiu a jogada que terminou no autogolo de Lucas Cunha. É um jogador muito versátil, mostrando muita segurança a defender e perigosidade na hora de ajudar a equipas em momentos ofensivos.

Surpresa

Andrew tem alternado a titularidade na baliza do Gil Vicente com Frelih e parece talhado para estes jogos com os grandes. Até a este jogo,  o guardião brasileiro não tinha permitido qualquer derrota ao Gil Vicente nos oito jogos que fez, inclusive frente ao FC Porto e Benfica, e em Alvalade voltou a mostrar qualidade. Sofreu quatro golos, mas os gilistas bem lhe podem agradecer não ter saído de Lisboa com mais golos sofridos na carteira. Fez várias grandes defesas ao longo do encontro.

Desilusão

Samuel Lino tem sido uma das figuras em destaque na equipa do Gil Vicente esta temporada, mas a verdade é que nunca foi um elemento que causasse perigo à defesa do Sporting. Esteve muito longe de outras grandes prestações que já nos apresentou no nosso campeonato.

Treinadores

Rúben Amorim: O Sporting entrou bem nos minutos iniciais do encontro e foi com tranquilidade que chegou à meia-hora a vencer por 2-0. O golo de Fran Navarro em cima do intervalo lançou alguma incerteza para o segundo tempo, mas os verde e brancos tiveram maturidade e experiência suficientes para conseguir controlar o adversário e alcançar os três pontos. Sem entrar em facilitismos, e cientes da importância desta partida, os leões venceram sem mácula e ainda sonham com o título.

Pedro Guimarães: Sem Ricardo Soares no banco de suplentes, coube ao adjunto assumir as rédeas da equipa nesta deslocação difícil a Alvalade. Os primeiros 45 minutos dos gilistas foram muito positivos e culminaram com um golo do goleador Fran Navarro, mas o segundo tempo ficou aquém dos elogios que o conjunto de Barcelos já recebeu esta temporada. Sem pilhas para a etapa complementar, os galos limitaram-se a tentar sair de Alvalade com menos golos na bagagem, apesar de terem tido um golo anulado.

Arbitragem

Miguel Nogueira foi chamado de urgência para apitar o primeiro jogo da I Liga que envolvia um dos três grandes, mas a juventude dos seus 28 anos não se fez sentir em Alvalade. Decidiu bem nas duas grandes penalidades assinaladas na partida e usou a ferramenta do VAR quando não tinha a certeza absoluta das suas decisões.

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