"Título? Aqui, pés bem assentes no chão e cabeça no lugar, com foco"
As reações de Sérgio Conceição à vitória do FC Porto sobre o Vizela.
© Global Imagens
Desporto Sérgio Conceição
Análise: É fantástico ver um estádio cheio de gente do FC Porto, mas também muitos adeptos do Vizela, o que é de louvar. Foi um espetáculo bonito, com golos bonitos. Parabéns aos meus jogadores, que fizeram um bom jogo. Estamos a aproximar-nos do final, e, aqui ou acolá, há uma falta de inteligência para pedir o que o jogo está a pedir. Nos primeiros 15 minutos, o tempo de jogo foi muito pouco, mas compreendo. Vir ao Dragão, com uma equipa que faz da velocidade do jogo e da intensidade as suas armas normais, é normal que, nos primeiro minutos, os treinadores tentem quebrar esse ritmo, o que prejudica o espetáculo. Acabou por prejudicar a nossa equipa. A partir dos 20 minutos, quando fizemos o primeiro golo num dos momentos em que somos fortes, entrámos verdadeiramente no jogo. Fizemos o segundo golo. Depois, a partir da meia hora de jogo, entrámos na tal dinâmica em posse em que não gosto particularmente quando se começa a não olhar tanto para a baliza do adversário. Foi num desses lances que perdemos a bola, levámos uma transição do adversário e há um grande golo do jogador do Vizela. Não há nada a dizer. Neste final de época, vir de um 2-0 para um 2-1, e entrando na segunda parte e sofrendo o segundo golo, poderia intranquilizar a equipa. Os adeptos foram atrás do que a equipa queria, sempre à procura dos golos. Dentro de alguma apreensão... A ansiedade é boa, porque faz-nos estar desconfiados. Estou sempre confiante, mas desconfiado. Isso é importante. E os jogadores também têm de estar alerta, para que cada lance possa ser decisivo no jogo. Prova disso é que fomos sempre atrás de marcar golos. Não estou nada de acordo com o Álvaro [Pacheco] quando diz que queimámos tempo e demos chuto na frente. Demos chuto na frente porque metemos o Galeno, que é bastante rápido, e não queimámos tempo, porque fizemos o quarto golo já quase em cima dos 90 minutos. Mas, no início do jogo, houve alguns momentos em que houve perda de tempo, e isso não é bom para o espetáculo.
Substitutos entraram bem: Os reforços que entraram durante o jogo estiveram bem. É uma imagem que marca a nossa época. O grupo é muito bom nesse sentido. Toda a gente está com o mesmo espírito, e só assim é que, sendo 10, 15 ou 20 minutos, dão indicadores importantes de que os jogadores estão comprometidos com a equipa. Temos um grupo fantástico.
Um ponto para o título: Vamos olhar para o jogo que o Benfica fez na Madeira, analisá-lo da melhor forma e preparar o jogo da Luz para ganhar. É o que fazemos sempre. Matematicamente, não há nada conquistado. Temos de fazer o nosso trabalho. Faltam dois jogos do campeonato e a final da Taça. Aqui, pés bem assentes no chão e cabeça no lugar, com muito foco e concentração.
Regresso de Uribe: Gosto de ter o grupo todo disponível para escolher o melhor onze para a estratégia definida para o jogo. O Matheus faz parte do grupo de trabalho. Grujic tem dado uma resposta fantástica, Eustáquio, quando entra, entra muito bem, o Vitinha está muito bem... A equipa está muito bem. Fico contente por ter mais gente disponível, para ter outras opções.
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