Andriy Yarmolenko garante que continuar a jogar a futebol em plena Guerra na Ucrânia é a única coisa que o impede de "enlouquecer". O avançado ucraniano do West Ham explica que está constantemente preocupado com a família e admite, ainda, que não olha para os resultados das outras equipas.
"Quando tudo começou, a 24 de fevereiro, cheguei ao treino e nem conseguia falar. Tinha lágrimas a escorrer e pedi ao treinador que me deixasse ir para casa", começou por contar Yarmolenko, citado pelo Daily Mail, prosseguindo.
"Nem queria acreditar no que estava a acontecer. Eu enviei a minha família para Kyiv por causa de uma consulta médica do meu filho. Conseguem imaginar o que senti na manhã seguinte? Só queria correr e bater com a minha cabeça contra a parede. Que idiota que fui ao enviar a minha família para Kyiv e eu ficar em Londres", desabafou o internacional ucraniano.
Yarmolenko pediu dispensa ao West Ham durante algumas semanas, mas já regressou às opções de David Moyes e esteve diretamente ligado à recente qualificação dos hammers para os quartos de final da Liga Europa, ao marcar o golo decisivo frente ao Sevilla.
"Estava a enlouquecer e precisava de me distrair. Mas mesmo assim, eu nem sei os resultados dos outros. Assim que o treino termina, eu ligo para casa. Todos os familiares estão vivos e bem. Os meus primos ajudam-me a manter contacto com os tios e tias. Há alguns que estão naquelas zonas de bombardeamentos constantes e estão escondidos em abrigos. É assustador falar disto. Temos que nos ajudar uns aos outros. Se não o fizermos, ninguém o fará. Tenho a certeza que não seremos derrotados por nenhum país. Ninguém será capaz de quebrar o nosso espírito", garantiu.
Leia Também: Yarmolenko lembra que exército russo está diariamente a matar ucranianos