O Benfica voltou a assinar mais uma exibição muito abaixo do esperado na tarde de sábado. Novamente com consequências negativas. O empate frente ao Moreirense na Luz (1-1) espelha bem aquilo que a equipa comandada por Nélson Veríssimo não é capaz de fazer. O Benfica tem um plantel de milhões, mas sente dificuldades evidentes quando defronta equipas que se apresentam em bloco baixo e linhas muito juntas. 

⌚️Apito final: SLB 1-1 MFC

↗️Há 6 jornadas, o 🦅Benfica estava a 1 ponto da liderança e com um dérbi na Luz frente aos leões para jogar (D 1-3).

À jornada 18, as águias estão a 3 pontos do 2.º (SCP) e a 6 do líder FC Porto, amanhã a diferença poderá aumentar para 6 e 9 pts pic.twitter.com/4g3VJ8UEQc

— playmakerstats (@playmaker_PT) January 15, 2022

Falta arranjar espaços, ligar o jogo, quebrar marcações e arrastar os jogadores adversários. Tudo isto ficou demasiado evidente na Luz. Este não é um problema novo, mas claro que fica mais visível quando se perdem (mais dois) pontos na luta pelo título. Na presente época, em casa, o Benfica deixou fugir oito em 27 pontos possíveis. Um número demasiado elevado para quem diz lutar pelo título e que pode assumir uma dimensão ainda maior se os rivais Sporting e FC Porto venceram este domingo Vizela e Belenenses SAD, respetivamente. 

Vamos aos destaques. 

A figura

Pablo esteve intransponível na hora de defender e foi comandando a muralha defensiva erguida pelos cónegos. Do primeiro ao último minuto lutou ao lado dos companheiros Steven Vitória e Artur Jorge e raramente perdeu um duelo individual frente aos vários jogadores do Benfica. Exibição imaculada na Luz. 

A desilusão 

Jogo tremendamente negativo para Gilberto. O lateral brasileiro acumulou cruzamentos sem critério e ainda foi autor de um autogolo. Acabou substituído e saiu debaixo de assobios por estar a dirigir-se a passo para a linha lateral.

A surpresa

Grimaldo foi dos poucos jogadores do Benfica que se mostrou a bom nível na tarde de ontem. Conseguiu fazer aquilo que Gilberto não fez e ter algum critério na hora de atacar. Os jogadores do Moreirense sentiram sempre mais dificuldades quando os lances ofensivos do Benfica passavam pelos pés do lateral espanhol. 

Os treinadores

Nélson Veríssimo 

Três jogos, quatro pontos em nove possíveis e pouco futebol. O Benfica continua a dar sinais claros de falta de confiança e o balanço de Nélson Veríssimo só pode ser negativo. Ontem até apresentou uma equipa mais ao seu jeito, apostando em Morato e Paulo Bernardo, mas as águias voltaram a estar longe de um bom nível. Perdeu categoricamente no Dragão, ganhou frente a um Paços reduzido a dez jogadores e empatou frente ao Moreirense num jogo onde faltou quase tudo. No final disse manter-se confiante na luta pelo título. 

Sá Pinto 

No final do jogo afirmou que o Moreirense foi à Luz com as armas que tem à disposição e é inegável que os cónegos foram muito coesos na hora de cerrar fileiras e tapar os caminhos para a baliza. Pode dizer-se que exageraram na constante perda de tempo, mas a verdade é que cabia ao Benfica dar a volta ao jogo. Sá Pinto soube ler o jogo, especialmente na forma como conseguiu anular Rafa Silva. 

O árbitro 

A arbitragem de Rui Costa foi muito atribulada. O critério variou ao longo dos minutos e no lance do golo do Moreirense deu seguimento ao aval, favorável, do VAR. Foi demasiado permissivo perante os constantes atrasos na reposição de bola em campo e na hora de dar mais minutos nos descontos... poupou. Nota negativa. 

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