Sá Pinto pede "inteligência e equilíbrio" para bater Bélgica

A seleção portuguesa tem de saber preservar a tradicional "postura inteligente e equilibrada" para afastar a Bélgica no domingo, nos 'oitavos' do Euro2020, analisou à agência Lusa o treinador e ex-futebolista Ricardo Sá Pinto.

sa pinto

© Getty Images

Lusa
25/06/2021 09:40 ‧ 25/06/2021 por Lusa

Desporto

Euro'2020

"Sabemos jogar em todos os momentos e é isso que temos de ser. Fundamentalmente, jogar com a estratégia e saber conhecer o valor e força do adversário. Isso é que é ser inteligente e saber jogar este jogo. De há uns anos largos para cá, a nossa seleção tem este equilíbrio", vincou o ex-avançado internacional português, entre 1994 e 2001.

Portugal, terceiro classificado do Grupo F, com quatro pontos, e Bélgica, vencedor da 'poule' B, com nove, lutam pelo acesso aos quartos de final no domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Olímpico de La Cartuja, na cidade espanhola de Sevilha.

"Temos uma identidade muito vincada na forma de jogar. Não gostamos de nos expor demasiado ofensivamente, porque podemos criar muito e sermos penalizados por não estarmos equilibrados ou atentos defensivamente. Também não gostamos de estar muito atrás, nem é nossa característica defender, baixar o bloco e sair em transição", explicou.

Os atuais detentores do cetro europeu experimentaram os três resultados possíveis na caminhada para a fase decisiva, ao vencerem a Hungria (3-0), perderem diante da Alemanha (2-4) e empatarem com a campeã mundial França (2-2), no 'grupo da morte'.

"Quem errar menos em termos coletivos estará sempre mais perto de marcar e ganhar. É nisso que temos de ser inteligentes, tal como fomos no último jogo. Apesar de termos sofrido aquele penálti [na origem do 1-1 para os gauleses], que, quanto a mim, foi inacreditável, muito injusto e podia ter-nos custado caro, fomos mentalmente fortes para nos mantermos fortes e concentrados na discussão. É isso que se pede", apelou.

Ricardo Sá Pinto, de 48 anos, adverte para o "grande momento" dos 'diabos vermelhos', oriundos de um país onde trabalhou como jogador (2006/07) e treinador (2017/18) do Standard de Liège, tendo conquistado uma Taça da Bélgica ao leme dos 'rouches'.

"Vai ser um encontro extremamente difícil para nós, mas também para eles. Considero a Bélgica um dos grandes favoritos a conquistar este campeonato da Europa, mas preferia que este jogo fosse uma final e logicamente ganhássemos, até porque tive sucesso naquele país, deixei lá amigos, fui muito bem recebido e muito bem tratado", recordou.

Além da aposta desde 2016 no treinador espanhol Roberto Martínez, o líder do 'ranking' mundial da FIFA e terceiro colocado no Mundial de 2018 vai cimentando o "entrosamento e conhecimento entre atletas" de uma talentosa geração desbravada na última década.

"Antigamente, não lhe chamava equipa, mas mais 'grandes jogadores'. Hoje, é diferente. É uma equipa ofensivamente difícil, que vem de três vitórias e é número 1 no 'ranking', mas nada é fácil para ninguém num Europeu. Não será fácil para eles, como nunca será para nós. Ainda agora vimos na fase de grupos como a Alemanha se qualificou", notou.

Ricardo Sá Pinto destaca a "grande segurança" oferecida entre os postes pelo guarda-redes Thibaut Courtois, a amparar uma defesa normalmente disposta com três centrais, que o treinador diz ter como referências Jason Denayer e o benfiquista Jan Vertonghen.

"Kevin De Bruyne, o Youri Tielemans ou mesmo o próprio Axel Witsel são três jogadores importantíssimos no meio-campo. Na ala direita, o Thomas Meunier chega muito bem às zonas de finalização. Ofensivamente, é aquilo que nós sabemos. Eden Hazard, Romelu Lukaku e Dries Mertens, além de outros, são difíceis de parar e de segurar", descreveu.

O ex-avançado, que sobressaiu com a camisola do Sporting (1994-1997 e 2000-2006) e somou 45 internacionalizações 'AA' e 10 golos pela equipa das 'quinas', admite que a Bélgica "está mais equilibrada" do que noutros torneios, apesar do "processo defensivo falível".

"Temos gente capaz de criar dificuldades na frente, entre Diogo Jota, Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo, que é a nossa grande referência, o nosso 'capitão' e o nosso líder, além do André Silva ou do João Félix. Acreditamos muito na nossa capacidade e na qualidade dos jogadores. Que estejamos concentrados durante os 90 minutos", pediu.

O antepenúltimo tento de Ricardo Sá Pinto por Portugal sucedeu em fevereiro de 2000, selando um empate a uma bola num jogo particular com a Bélgica, em Charleroi, na antecâmara do Europeu coorganizado pelos 'diabos vermelhos' e pelos Países Baixos.

"Se tivermos a mesma atitude, organização e compromisso e formos estrategicamente fortes, acredito muito sinceramente que vamos eliminar esta Bélgica, do mesmo modo como acreditei quando fomos campeões em 2016. Agora, temos de ser tudo isso que disse e a palavra superação tem de estar bem presente em cada jogador", finalizou.

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