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De Wilde nota "alma vencedora" numa Bélgica ávida de títulos

Uma Bélgica repleta de "alma vencedora" vai defrontar Portugal nos 'oitavos' do Euro2020 de futebol, no domingo, tentando acalentar a ilusão num inédito título de seleções, admitiu à agência Lusa o ex-internacional Filip De Wilde.

Kevin de Bruyne

© Getty Images

Lusa
25/06/2021 09:41 ‧ 25/06/2021 por Lusa

Desporto

Euro'2020

"Acho que a Bélgica pode considerar-se como favorita. Há sempre dúvidas no país, mas esta geração não para de surpreender toda a gente. O selecionador Roberto Martínez chegou e instalou uma cultura de vitória. Isso é uma grande diferença face às gerações precedentes", partilhou o ex-guarda-redes do Sporting, nas épocas 1996/97 e 1997/98.

Portugal, terceiro classificado do Grupo F, com quatro pontos, e Bélgica, vencedor da 'poule' B, com nove, lutam pelo acesso aos quartos de final no domingo, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Olímpico de La Cartuja, na cidade espanhola de Sevilha.

"A Bélgica não está satisfeita por defrontar Portugal nesta fase. Estávamos à espera de defrontar um adversário mais fácil, mas, se quisermos ganhar o Europeu, então é preciso ultrapassar todos, incluindo Portugal, antes de, porventura, apanharmos Itália, França e, por fim, a Espanha. Para já, é importante pensar só no próximo adversário", sustentou.

Os 'diabos vermelhos', finalistas vencidos em 1980 (1-2 com a Alemanha Ocidental) e terceiros colocados em 1972, numa edição por si organizada, qualificaram-se para a fase decisiva com triunfos sucessivos sobre Rússia (3-0), Dinamarca (2-1) e Finlândia (2-0).

"É importante que a equipa cresça durante este torneio. Passaram por momentos difíceis, mas venceram sempre e o treinador conseguiu o objetivo de integrar Kevin De Bruyne, Eden Hazard e Axel Witsel, que vinham de lesão, oferecendo tempo de jogo a todos. Pouco a pouco, a equipa chegou o mais que podia a um nível alto", notou Filip De Wilde.

Líder isolada do 'ranking' da FIFA desde outubro de 2018, a Bélgica está invicta há 12 encontros e ultrapassou a fase de grupos pela terceira vez, em seis participações em campeonatos da Europa, embalada por uma miscelânea de juventude com experiência.

"Os pontos fortes são o talento dos jogadores e um técnico que consegue equilibrar a equipa. É importante ter um bom ponta-de-lança [Romelu Lukaku], um dos melhores guarda-redes do mundo [Thibaut Courtois] e médios como De Bruyne, Hazard ou Youri Tielemans. Não é coincidência que sejam líderes do 'ranking' mundial", enquadrou.

O treinador de guarda-redes da seleção belga de sub-21 desde 2012 admite as dúvidas sobre a veteranice da defesa, que inclui o benfiquista Jan Vertonghen, mas lembra que Portugal tem apostado em Pepe, de 38 anos, o jogador de campo mais velho do torneio.

"Muita gente acredita que é a última oportunidade desta geração ganhar títulos. Contudo, o campeonato do Mundo é já no próximo ano e ainda temos a 'final four' da Liga das Nações para disputar em outubro. Há muita coisa a ganhar nos próximos dois anos", afiançou, enaltecendo o terceiro lugar dos 'diabos vermelhos' no Mundial de 2018.

Filip De Wilde, de 56 anos e com carreira notabilizada ao serviço do Anderlecht (1987/1996 e 1998/2003), o clube mais titulado da Bélgica, acredita que quem triunfar em solo andaluz vai "receber muita confiança e dar um grande passo" para vencer o Euro2020.

"Portugal já tem muitos jovens e outra geração a mostrar-se, sendo que vai revelando um espírito vencedor adquirido nos torneios jovens. A Bélgica nunca ganhou títulos nesse patamar e só através da seleção 'AA' é que tem derrotado os melhores. Talvez a Bélgica seja favorita, mas é claro que Portugal é o adversário mais difícil nesta fase", insistiu.

O melhor guardião do futebol belga em 1994 e 2000 não foi contemporâneo de Cristiano Ronaldo durante a passagem por Alvalade, intercalada com 33 aparições pelos 'diabos vermelhos' e convocatórias para os Mundiais de 1990, 1994 e 1998 e para o Euro2000.

"O Ronaldo já provou muitas coisas e impressiona que ainda tenha aquela motivação e importância. Na Bélgica, os jornais estão a falar na sorte por ele defrontar Lukaku, mais jovem, mas igualmente goleador", contou, aludindo ao 'astro' luso, que igualou na quarta-feira o recorde mundial de golos por seleções, ao igualar os 109 do iraniano Ali Daei,

Suplente do 'lendário' Michel Preud'homme, Filip De Wilde aproveitou a despedida do ex-benfiquista para assumir a baliza da seleção em 1994 e defrontou Portugal em fevereiro de 2000 (1-1), na antecâmara do Europeu coorganizado por Bélgica e Países Baixos.

"Lembro-me de ter sido um amigável em Charleroi. Infelizmente, esse torneio não correu muito bem para mim [expulso na derrota frente à Turquia, por 2-0, da terceira jornada do Grupo B]. Foi uma pena não passarmos à próxima fase e encontrarmos Portugal nos 'quartos' em Amesterdão", concluiu o ex-guardião, exprimindo-se em português fluente.

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