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Lionel Messi procura preencher o 'vazio' de uma carreira 'cheia'

Lionel Messi persegue há muito um título pela seleção principal de futebol da Argentina e lá estará de novo na 47.ª Copa América à procura de preencher esse 'vazio', numa carreira 'cheia', ímpar.

Lionel Messi procura preencher o 'vazio' de uma carreira 'cheia'
Notícias ao Minuto

08:47 - 11/06/21 por Lusa

Desporto Copa América

De companheiros a adversários, de incondicionais fãs a 'haters', de catalães a 'merengues', de argentinos a brasileiros, ninguém ousará dizer que não lhe ficava bem levantar em 10 de julho, no 'mítico' Maracanã, esse tão ansiado troféu, que tantas vezes lhe escapou por entre os dedos.

O menino que, com problemas de crescimento, trocou bem cedo a Rosário natal por Barcelona, e pelo 'Barça', esteve já muitas vezes perto desse sonho - inclusive antes de isso ser sequer um sonho, tão novo começou -, mas, uma após outra vez, "nunca se deu", como, desolado, já repetiu inúmeras vezes.

Chegou a 'desarmar', mas foi apenas frustração do momento, sequela de mais uma dolorosa derrota, das muitas -- não foram muitas, mas cada uma custou enormidades - que viveu de 'albi-celeste' ao peito, insuficientes, porém, para o fazer abdicar, para o fazer desistir, acomodar.

O 'dedo' foi-lhe invariavelmente apontado, mas decidiu sempre prosseguir, tentar mais uma vez, ir em busca de alterar um destino que não se conforma em ver como traçado, que está apostado em 'moldar' com as suas mãos, ou mais precisamente com o seu pé esquerdo, aquele pé esquerdo que vem maravilhando 'meio mundo' há mais de duas décadas.

É com ele que vai, pela 'enésima' vez, à luta, de novo esperançado, como 'capitão' e cada vez mais como líder de um grupo já quase sem sobreviventes dos tempos em que começou, um grupo em renovação, que o respeita, que o segue, e, certamente, que quererá ganhar com ele, ajudá-lo a ganhar.

E, numa retrospetiva ao seu trajeto pela Argentina, é mesmo isso que lhe tem faltado, a ajuda, o jogador que tenha o dia da sua suprema inspiração precisamente naquele dia em que é preciso que o tenha, um 'Éder' desta vida, alguém que ouse fazer história a seu lado, que o ajude a 'erguer' a taça.

Para trás já ficaram quatro 'malfadadas' finais, uma, do Mundial (2014), perdida com o prolongamento a aproximar-se do fim, e três da Copa América, a primeira 'dizimado' pelo Brasil (2007) e as outras perdidas na 'lotaria' dos penáltis face ao Chile, em anos consecutivos (2015 e 2016).

Se não desistiu então, não poderia fazê-lo 'nunca' e, por isso, continua, porque as 'ganas' de ganhar pela principal seleção da Argentina continuam intactas, ou não tivesse estado tão perto que até deve 'doer'.

A tarefa parece complicada, muito complicada, numa altura em que o campeão em título Brasil, um conjunto que Tite tornou muito forte e compacto coletivamente, é neste momento o inquestionável número 1 da América do Sul, da CONMEBOL, e, vicissitudes da covid-19, é de novo o anfitrião.

Messi deve-o saber, terá consciência que a sua Argentina está longe de ser uma equipa muito fiável, e parte bem 'atrás' dos 'canarinhos', mas isso só pode servir para o motivar, para dar ainda mais de si, tudo o que ainda tiver para dar.

Com o Mundial2022 a um ano e uns 'pozinhos', ainda não deverá ser esta a última tentativa, a última 'dança', mas a verdade é que as suas possibilidades de ganhar um troféu pela sua seleção começam a 'afunilar', a estreitar-se demasiado, se não terá uma, se calhar só terá duas, ou, no máximo, três.

Assim, para Lionel Andrés Messi Cuccittini, urge consegui-lo, para fechar o 'círculo' e dar à sua carreira um 'colorido' mais intenso, sem isso poder ser confundido com qualquer necessidade de afirmação.

Tudo o que conquistou -- e foi mais do que qualquer outro pode sonhar, das seis Bolas de Ouro às seis Botas de Ouro, mais todos os títulos coletivos que podia arrebatar pelo FC Barcelona -- é só uma parte da história, pois foram milhões os que tocou com os incontáveis momentos 'mágicos', das fintas, aos passes, aos golos.

Pelo que já fez, Messi é, inquestionavelmente, o melhor jogador da sua geração e, para já, com as 'contas finais' ainda por fazer, um claro candidato a ombrear com Maradona e Pelé pelo título de melhor de sempre, de 'GOAT' (Greatest of All Time -- Melhor de sempre).

Não precisa de mais, nem de vencer pela Argentina, mais precisamente pela equipa principal, pois já ganhou um Mundial de sub-20 (2005) e o ouro nos Jogos Olímpicos (2008), o que não é de menos, nem deve ser desvalorizado, mas que lhe ficava bem, ninguém do mundo do futebol ousará dizer que não.

A resposta será dada em solo brasileiro, e todos -- menos aqueles cujo argumento 'contra' o argentino é dizerem que nunca ganhou pela seleção - estarão a torcer por ele, talvez até Luis Suárez, Neymar ou Vidal, mas ninguém lhe dará o título de 'bandeja': Messi vai precisar da equipa, pois ninguém ganha sozinho, mas também de Messi. E com Messi, tudo é possível...

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