Um antigo chefe da polícia, um ex-políca e o ex-presidente de um canal de televisão foram condenados, nesta sexta-feira, por um tribunal de Istambul a penas que variam entre os 161 e os 1.972 anos de prisão por "ajudar uma organização terrorista", "falsificação de documentos", "difamação" e "violação do sigilo das comunicações privadas", informou a agência de notícias estatal Anadolu.

Eles foram considerados culpados de estar por trás de falsas acusações de corrupção e manipulação de resultados, em particular o Fenerbahçe, um dos três maiores clubes do país, cujo presidente foi condenado e preso.

Aziz Yildirim, que liderou o Fenerbahçe de 1998 a 2018, foi condenado em 2012 a seis anos e três meses de prisão e passou um ano detido. Ele sempre proclamou a sua inocência e denunciou uma conspiração orquestrada pelo movimento de um perseguidor exilado nos Estados Unidos, Fethullah Gülen. Ele foi absolvido em novo julgamento, realizado em 2015.

O caso foi visto como um trauma pelos adpetos do Fenerbahçe, muitos dos quais suspeitavam que o governo participasse da manobra, sentimento reforçado pela aliança então existente entre Gülen e Recep Tayyip Erdogan. 

Os três homens condenados, nesta sexta-feira, foram acusados ​​de pertencer ao movimento de Gülen, agora qualificado como "terrorista" por Ancara, e de terem fabricado documentos falsos para implicar Yildirim.

Quase cem pessoas foram condenadas numa primeira instância. O Fenerbahçe foi excluído pela Federação Turca de Futebol na edição de 2011/12 da Liga dos Campeões.

“Nenhum veredicto pode ser igual ao que o Fenerbahçe e os seus milhões de adeptos viveram durante este longo processo”, reagiu, esta sexta-feira, o atual presidente do Fenerbahçe, Ali Koç. “Ainda há um grande número de pessoas e entidades a quem devemos prestar contas”, acrescentou.

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