Notas do Portugal-Azerbaijão: João Félix não teve tempo para mais
Seleção nacional arrancou fase de apuramento com uma vitória tangencial e com uma exibição muito abaixo do razoável.
© Getty Images
Desporto Análise
A seleção nacional assinou, na noite de quarta-feira, umas das piores exibições dos últimos anos. A formação das quinas venceu na receção ao Azerbaijão (1-0), ainda que em 'casa emprestada', no arranque da fase de qualificação para o Mundial'2022, mas o resultado foi bem melhor do que a exibição.
A noite em Turim acabou por ser triste e sem o brilho que os jogos da seleção devem ter. Faltou criatividade, critério no último passe e capacidade de transformar as poucas oportunidades em golos.
Vamos aos protagonistas.
A figura
Magomedaliyev foi a grande figura do encontro. Apesar de ter ficado diretamente ligado ao autogolo de Medvedev, o guardião do Azerbaijão foi um dos únicos jogadores a dar algum brilho e inspiração ao jogo. Assinou um par de intervenções importantes ao longo dos 90 minutos e também por ele se explica um resultado tão escasso. É verdade que os jogadores portugueses estavam pouco inspirados, mas quando remataram à baliza estava lá Medvedev. Apenas foi batido no lance do autogolo.
A surpresa
João Félix começou o jogo no banco e só aos 75 minutos foi lançado por Fernando Santos para dentro do relvado. O jovem avançado português fez em poucos minutos aquilo que Cristiano Ronaldo e André Silva não fizeram durante o tempo em que estiveram dentro de campo. Foi criativo, rápido, ágil e mostrou vontade para mais. Sem tempo não conseguiu fazer estragos.
A desilusão
Noite sem brilho para Cristiano Ronaldo. A jogar numa casa que tão bem conhece, em Turim, o craque português passou completamente ao lado do jogo, talvez por estar a ocupar a posição de segundo avançado, atrás de André Silva. Não conseguiu soltar-se da marcação na grande maioria das vezes e quando conseguiu não acertou com sucesso na baliza. Ainda tentou transformar três livres diretos em golos: os primeiros dois ficaram na barreira, o terceiro foi defendido por Magomedaliyev.
Fernando Santos
Confessou que esperava um resultado mais dilatado, mas também desvalorizou a má exibição da equipa portuguesa. Tentou mexer com a equipa ao lançar Bruno Fernandes - que também esteve em noite não - ao intervalo, mas fica a sensação que demorou muito tempo para meter João Félix em campo. Terá de montar uma estratégia diferente para sábado. A Sérvia é um adversário de maior qualidade e promete criar sérios problemas aos portugueses.
Gianni De Biasi
Gianni De Biasi teve mérito pela forma como criou um bloco compacto e coeso para defender uma equipa portuguesa que, em dias normais, tem grande capacidade criativa. Na segunda parte deu indicações para o Azerbaijão arriscar mais e mostrou ter argumentos para chegar ao empate.
O árbitro
O alemão Daniel Siebert esteve praticamente irrepreensível ao longo de todo o jogo. Deixou o jogo rolar com um critério largo, mas soube mostrar os cartões amarelos na altura certa. Siebert foi mesmo dos poucos protagonistas com nota positiva em Turim.
Leia Também: Inspiração ficou em casa. Seleção em serviços mínimos vence Azerbaijão
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com