O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, fez ao início da tarde deste sábado a conferência de imprensa de antevisão ao encontro com o Paços de Ferreira, a contar para a 23.ª jornada da I Liga.

Depois da passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões, o treinador sublinhou que a vitória sobre a Juventus não dá mais motivação à equipa e que é nestas alturas de maior euforia que fica mais preocupado com a equipa.

Sérgio Conceição disse ainda que a equipa não vai baixar os braços até final da temporada e irá lutar pela melhor classificação possível na I Liga.

Fique com o essencial das declarações de Sérgio Conceição:

Há mais motivos para renovar contrato depois da vitória em Turim? Há coisas mais importantes neste momento, como o jogo de amanhã, do que propriamente a situação do Sérgio ou do Manel no clube. Não é um problema em relação ao que é a minha vivência. Noutros clubes foi o mesmo profissional que sou aqui. Para mim nunca foi um problema a minha continuidade ou ir embora por achar que o meu tempo acabou ou por as pessoas acharem que acabou. Tenho uma vida estável a todos os níveis e não dependo do futebol para nada. Dependo isso sim da vontade que tenho em estar dentro do futebol que me deu tudo na vida. Tenho paixão pelo que faço. É a única coisa que me move para a andar aqui e muitas vezes a sofrer com coisas que vejo.

O que disse ao Taremi em Turim: São conversas nossas. Não ficava bem revelar isso. O Taremi sentiu que teve um momento menos bom que coincidiu com um árbitro muito rigoroso. Estava a dizer que amanhã queria redimir-se, festejar contra o Paços e fazer golo.

Sporting está longe. Objetivos diferentes neste final de época? Não muda nada. Continua tudo igual.

Depois de Turim continuou a ir treinar de cara fechada: Ainda fui pior no sentido de perceber que não estávamos assim tão mal depois do jogo com o Sp. Braga nem agora estamos bem. Continuamos a cometer erros e a situações que temos de trabalhar e melhorar. São comportamentos individuais e depois o coletivo sente isso. Temos de continuar a acreditar que é possível vencer todos os nossos jogos e depois fazemos as contas. Esse sentido de responsabilidade que temos continua no máximo. Nestes momentos de maior euforia externa eu preocupo-me mais porque os jogadores são influenciados por esse ambiente. Não o fazem de forma propositada, mas de forma natural. Tenho de frisar junto do grupo que temos um jogo difícil e importante com o Paços. Esse é o meu trabalho. Quando estamos mais distraídos temos alguns dissabores que não quero ter. Venho para aqui com a consciência de que demos um passo que vai ficar para a história num jogo importante pelas incidências do jogo e contra quem era, com jogadores dos melhores do mundo. Estamos satisfeitos com isso. Mas é só mais um passo que faz parte do passado. Agora é olhar para o Paços, tem feito um excelente campeonato, bem orientado. Tentar perceber como o Paços pode jogar, uma equipa que tem alternativas. Esse é o foco, é a minha preocupaçã. Depois, tudo o que anda à volta, é interessante, mas não mais importante que o Paços merece.

Preparação para o jogo: Foi com as mesas preocupações em relação àquilo que é a carga que os jogadores têm depois de um jogo que teve prolongamento, viagem, para que os jogadores em termos físicos estejam bem. Essa é a base para depois se perceber se um jogador está apto ou não. Não precisamos de determinados jogos para dar ou tirar moral. Temos de ter sempre a mesma moral, motivação, ambição e dedicação. Às vezes temos uns sorrisos mais rasgados, outros não, mas isso depende do momento e das vitórias. Temos tido uma grande carga de jogos, mas estamos cá para arranjar soluções.