Andrea Iannone foi suspenso em novembro de 2020 pela federação Internacional de Motociclismo (FIM) por quatro anos depois de ter acusado positivo para o anabolizante Drostanolone num controlo antidoping no GP da Malásia de 3 de novembro de 2019. O piloto italiano recorreu então da suspensão para o TAS alegando que tinha comido carne contaminada, mas acabou por perder o recurso.
No decorrer desta semana o piloto, através das redes sociais, aliás, reagiu à manchete do jornal Libero onde se podia ler: "Doping, desporto e cocaína, um ponto de inflexão desconcertante: luz verde ao pó branco?".
O artigo do jornal especifica que “a partir de 1 de janeiro, um atleta com resultado positivo para cocaína (mas também heroína, ecstasy e cannabis) corre o risco de ser desclassificado por 3 meses. Até um mês se ele provar que se arrependeu e participa de um programa de recuperação".
Para a Wada, agência mundial antidoping, o atleta não deve adulterar o resultado da competição de forma alguma, tudo o mais é legítimo. Uma mudança de posição, já que até ao ano passado o atleta que acusasse positivo a uma das substâncias acima mencionadas estava proibido de competir até quatro anos.
A legislação mudou e a revolta Andrea Iannone não se fez esperar que nas redes sociais referiu: "Tenho cada vez mais dificuldades em entender. Positivo à cocaína e está tudo bem, enquanto os inocentes são condenados a quatro anos ”.