Iker Casillas, guardião que nos últimos anos representou o FC Porto antes de se aposentar, voltou a abordar a sua passagem pela equipa portista no documentário da Movistar sobre a sua carreira.
O agora antigo futebolista relembrou o seu último jogo, uma partida com o Rio Ave onde os dragões perderam a chance de lutar pelo título, mas regressa também, no documentário, ao estádio do Dragão, o sítio onde terminou a sua carreira.
"Tivemos inúmeras chances de marcar o 3-0. Numa jogada sem sentido, eles [Rio Ave] fazem o 1-2 e começámos a perder as nossas posições em campo. Perto do final, numa jogada absurda, eles fazem o 2 a 2, empatam e aí nossas opções de lutar pelo campeonato praticamente desaparecem. Foi este o cenário que vivi no meu último jogo de futebol. Quatro ou cinco dias depois, tive um ataque cardíaco. Parece que foi ontem, quando eu ainda estava a jogar futebol e não pensei que seria o meu último jogo. Voltar a este campo faz-me relembrar tudo o que aconteceu naquele dia e nos dias depois. É a vida", confessa o guardião.
"A última vez que joguei no Dragão foi contra o Santa Clara. Estou um pouco nervoso por voltar ao relvado, não o faço há muito tempo. É um momento de despedida. Sempre que há um começo, deve haver um fim. Estou emocionado porque estou a viver muitas lembranças dos últimos cinco anos em que joguei futebol. Considerarei sempre este clube como minha casa", atirou, fechando depois o capítulo como futebolista retirado.
"Assim como em San Mamés houve um começo, também deve haver um fim. Quando era criança tinha a ambição de ser o melhor do mundo, consegui-o cinco vezes. Queria vencer um Mundial com o meu país e consegui. Estava ansioso para ganhar a Champions com o Real Madrid e consegui. Talvez o meu fim não seja o fim com que sonhei, possivelmente, mas não tenho queixas", sentenciou, citado pelo jornal AS.
