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Governo romeno pede desculpa e mundo do futebol condena caso de racismo

O governo romeno pediu hoje desculpa pelos alegados insultos racistas durante o encontro de terça-feira entre Paris Saint-Germain e Basaksehir, da Liga dos Campeões de futebol, que levou os jogadores das duas equipas a abandonarem o relvado.

Governo romeno pede desculpa e mundo do futebol condena caso de racismo
Notícias ao Minuto

13:00 - 09/12/20 por Lusa

Desporto Liga dos Campeões

"Condeno veementemente qualquer comentário que possa ser interpretado como racista, xenófobo ou discriminatório. Peço desculpa em nome do desporto romeno por este infeliz incidente, que não nos representa", disse o ministro do desporto, Ionut Stroe, em declarações aos jornalistas locais.

O encontro Paris Saint-Germain-Basaksehir, da sexta jornada da fase de grupos da 'Champions', foi interrompido por alegado insulto racista do quarto árbitro, o romeno Sebastian Coltescu, ao camaronês Pierre Webo, antigo futebolista e atualmente treinador adjunto do emblema turco.

O incidente ocorreu aos 14 minutos do jogo, quando Coltescu deu sinal ao árbitro principal, o também romeno Ovidiu Alin Hategan, para Webo, tendo-se este queixado que o elemento da equipa de arbitragem utilizou a expressão "negro', recusando-se a sair do campo.

Após vários minutos, o 'staff' da equipa turca e os jogadores, seguidos pelos do PSG, decidiram abandonar o relvado, numa altura em que o jogo estava empatado 0-0. O encontro será retomado hoje, às 17:55.

Em comunicado, a Federação Romena de Futebol (FRF) distanciou-se "firmemente de qualquer ação ou declaração com conotação racista ou xenófoba" e explicou que está a aguardar o relatório da UEFA para "saber exatamente o que aconteceu e agir em conformidade".

O governo francês já felicitou e destacou a reação dos jogadores e treinadores das duas equipas.

"Estou orgulhosa. Os jogadores deram um exemplo aos mais jovens do que são os princípios da não discriminação. É bom que o futebol também defenda os valores da nossa república. Designar alguém pela cor é indesculpável e não pode acontecer em França", disse a ministra do desporto, Roxana Maracineanu.

Também o presidente da Federação Francesa de Futebol, Noël Le Graët, destacou a "atitude forte e exemplar" que os jogadores e treinadores das duas equipas demonstraram ao abandonar o relvado.

"Estes incidentes inaceitáveis e não têm lugar num estádio. A UEFA tem que aplicar as sanções necessárias para que estes casos não voltem a acontecer", disse Le Graët, em comunicado.

Em Portugal, o presidente da Liga de clubes, Pedro Proença, utilizou na terça-feira a conta oficial na rede social Twitter para condenar os alegados insultos ocorridos no Parque dos Príncipes e defendeu que o futebol tem que estar na "liderança contra todas as formas de discriminação".

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