O Sporting de Braga garantiu, esta quinta-feira, o privilégio de assistir de 'cadeirão' à última jornada da fase de grupos da Liga Europa, depois de derrotar o AEK, em Atenas, por 4-2, e selar, matematicamente, as contas do apuramento para os 16-avos-de-final.
Os arsenalistas entraram bem e, ao fim de nove minutos, já venciam por dois golos de diferença. Primeiro, Vítor Tormena desviou um canto cobrado por Ricardo Horta, e depois Ricardo Esgaio só teve de encostar, a passe de Wenderson Galeno.
Uma vantagem que acabou por fazer mal aos homens de Carlos Carvalhal, que se deixaram 'adormecer' e viram os gregos reduzir distâncias, por intermédio de Nélson Oliveira, minutos depois de assinar um falhanços escandaloso.
O jogo ameaçou complicar para o conjunto minhoto, mas, à beira do intervalo, Ricardo Horta, assistido por Wenderson Galeno, marcaria o golo que permitiria um recolher mais tranquilo aos balneários.
No segundo tempo, o Sporting de Braga colocou algum 'gelo' no jogo, que, de resto, só conheceria novas alterações no marcador à beira do apito final, primeiro pelo 'omnipresente' Galeno, e depois por Stavros Vasilantonopoulos.
O Sporting de Braga chega, assim, à última jornada na liderança do Grupo G, com os mesmos dez pontos do Leicester City. Segue-se o Zorya (que surpreendeu ao derrotar os foxes, por 1-0), com seis pontos, e, em último, o AEK, com três.
Figura
Uma distinção que não pode caber a outro jogador que não Wenderson Galeno. Uma exibição incansável do brasileiro, quer a defender, quer a atacar, até mesmo nas alturas em que a equipa se deixou relaxar em demasia. Somou duas assistências em Atenas, e o golaço marcado à beira do apito final foi a 'cereja no topo do bolo'.
Surpresa
Vítor Tormena nem sempre tem sido a principal opção de Carlos Carvalhal para o eixo da defesa, mas mereceu a confiança do treinador em Atenas, e correspondeu (quase) em pleno. Marcou, aos sete minutos, o golo que inaugurou o marcador, e partiu para uma exibição segura. O único erro foi mesmo o mau passe para Matheus, que culminou no golo de Nélson Oliveira.
Desilusão
Al Musrati não assinou, de todo, uma exibição ao nível a que tem habituado o futebol português na Grécia. Falhou mais passes do que o normal, e viu-se incapaz de acompanhar o ritmo de André Castro quando o AEK começou a 'apertar'. Foi, de resto, a partir do momento em que foi substituído por Fransérgio que o Sporting de Braga conseguiu controlar o jogo.
Treinadores
Massimo Carrera: Sabendo que as oportunidades de seguir em frente eram poucas, o treinador italiano optou por poupar algumas peças importantes a pensar no duelo do campeonato grego, diante do Panathinaikos, como Evgeniy Shakhov ou Nenad Krsticic. A equipa ressentiu-se, mas nunca se deixou amedrontar e mostrou sempre vontade de lutar por algo mais.
Carlos Carvalhal: Ao contrário do treinador adversário 'colocou toda a carne no grelhador', e a equipa colheu frutos dessa opção desde bem cedo. Viu os minhotos relaxarem em demasia após o 2-0, e, já no segundo tempo, lançou Fransérgio e André Horta, fazendo com que estes conseguissem, por fim, controlar o jogo com bola.
Árbitro
Noite de muitos golos... mas também de muito trabalho para Georgi Kabakov, especialmente dada a predileção do AEK por tentar forçar grandes penalidades. Apesar dos protestos, manteve-se (e bem) sereno, sem nunca ceder à pressão. Acabou por pecar no capítulo disciplinar, ao não exibir o cartão amarelo quando se pedia.