O Ministério Público da cidade argentina de San Isidro, responsável pela investigação aberta à morte de Diego Armando Maradona, ordenou a realização de buscas à casa e consultório privado do médico do antigo jogador, Leopoldo Luque. Este domingo, perto da sua residência, o médico deu uma conferência de imprensa que durou cerca de 40 minutos para colocar tudo em pratos limpos.
Luque garante que "não houve erro médico" e que a morte do antigo craque de futebol não se deveu ao coágulo no cérebro. Segundo o médico argentino foi uma morte inesperada e que tudo o que poderia ter sido feito em relação ao estado de saúde de Maradona foi feito.
"Não houve erro médico. Não há bons, nem maus, nem culpados. Fez-se tudo o que podia e até mais. Eu amava o Diego. Tudo o que fiz foi para bem dele e fiz o melhor que pude. Estou orgulhoso de tudo o que fiz", começou por dizer.
"A sua morte nada teve a ver com o coágulo operado. Nunca pensei que isto fosse acontecer, não há erro médico. Um ataque de coração, infelizmente, é algo que poderia acontecer a alguém com os problemas que o Diego tinha. É o mais comum do mundo que alguém morra com uma paragem cardiorespiratória com um historial clínico assim", acrescentou.
Leopoldo Luque falou ainda de como não era fácil ser médico de Diego Maradona.
"Esta semana expulsou-se me de sua casa e insultou-me. Ele quando estava assim, tratava mal toda a gente, nem queria receber as suas filhas. Expulsou-se, mas não me fui embora. Ele precisava de ajuda", realçou.
O médico do falecido futebolista revelou ainda que sentia Maradona "triste e deprimido" nos últimos tempos, devido ao seu estado de saúde e falou também no seu problema de alcoolismo. "Devia ter ido para uma clínica de reabilitação, mas ele não quis. Fizemos o melhor que pudemos", garantiu ainda.