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"Tecto salarial? O mundo é capitalista, mas Infantino quer ser a Coreia"

Empresário italiano questiona mesmo se Leonardo da Vinci também podia 'ser gerido' com um tecto salarial.

"Tecto salarial? O mundo é capitalista, mas Infantino quer ser a Coreia"
Notícias ao Minuto

16:31 - 26/11/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Mino Raiola

Mino Raiola, super-empresário que representa alguns dos maiores nomes do futebol mundial, insurgiu-se esta quinta-feira contra as pretensões da FIFA de impor um tecto salarial máximo aos clubes.

O empresário defendeu que o presidente da instituição está a tentar impor um limite ao talento, dando mesmo o exemplo de Leonardo da Vinci e afirmando ainda que Infantino quer tornar o futebol uma 'Coreira do Norte'.

"Quando a FIFA diz para inserir um tecto salarial, isso significa que os clubes não podem tomar as suas decisões. Alguns clubes estão na bolsa, não pode ser a FIFA a  dizer como fazer as coisas funcionarem. É claro que o sistema de transferências já não é o que a FIFA deseja. Os jogadores vão assumir as suas posições, pois são o ativo mais importante do jogo, não Infantino. Se colocamos um tecto salarial, deve haver um tecto para tudo: transferências, salários para executivos... O Real Madrid e o Barcelona faturam mil milhões de euros, perguntamo-lhes porque é que o custo dos bilhetes é demasiado elevado?", começou por argumentar. 

"Precisaríamos de um teto salarial para atores, para jornalistas, para Banksy, para Leonardo da Vinci, Rembrandt. Como é possível limitar o talento? Estamos num mundo capitalista, mas Infantino quer voltar ser a Coreia do Norte. Não tenho problemas com a Coreia do Norte, mas ele que vá para lá. Para mim, a FIFA não pode ditar a lei. Para mim, deve haver um novo sistema. A Major League Soccer criou-o e disse que não queria ter mais nada a ver com a FIFA", sentenciou.

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