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"City ou Gil? A preparação do jogo é sempre feita para ganhá-lo"

Dragões recebem, neste sábado, os gilistas, numa partida relativa à quinta jornada da Liga portuguesa.

"City ou Gil? A preparação do jogo é sempre feita para ganhá-lo"
Notícias ao Minuto

14:03 - 23/10/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Sérgio Conceição

Sérgio Conceição fez esta sexta-feira a antevisão da partida de amanhã frente ao Gil Vicente, lamentando o pouco tempo que tem para trabalhar a equipa e os reforços, mas mostrando-se empenhado em responder com uma vitória ao mau momento vivido pelos azuis e brancos (duas derrotas e um empate).

Numa longa exposição, o técnico analisou ainda reforços e sistemas de jogo, dando a entender que, em breve, todo o grupo de trabalho se apresentará mais coeso.  Confira o essencial das palavras do técnico.

TaremiO Taremi é um excelente jogador, que se movimenta muito bem no último terço. Ele treinou meia dúzia de dias comigo e foi para a seleção. Estive sem ele 15 dias. Voltou agora e não posso treinar com ele. Conhece o campeonato, mas entrar na dinâmica da equipa é outra coisa. Ele tem entrado quase sempre. O Toni Martínez trabalhou comigo 15 dias na preparação do jogo com o Sporting. O Taremi esteve um dia comigo. E acham estranho que tenha sido o Toni Martínez a entrar primeiro? Sou verdadeiramente intratável quando perco. Não gosto de perder. Acha que eu quero perder? Não meto o Taremi porque gosto de perder? Não faz sentido.

4-4-2 na primeira época. Marega agora a jogar sozinho baixa de rendimento. Opção tática ou avançados ainda estão longe do pretendido: Não podemos olhar só para os avançados. Temos de olhar para os alas e para o duplo pivot. Quando jogava em 4-4-2 sentia que jogava com quatro médios. Não posso jogar em 4-2-4. O Otávio é um ala diferente do Luís Díaz. Se meter o Otávio ou o Luís Díaz no lado esquerdo vão dar coisas diferentes ao jogo. O Otávio funciona mais como médio e o Díaz como avançado.

OtávioTemos alguns problemas físicos. Mais vale jogar de três em três dias do que ficar fechados em casa por causa da pandemia. A pré-época foi muito curta para preparar jogadores para 70 jogos. O Luís Díaz em princípio está fora. O Otávio vamos reavaliar. Tem um problema muscular.

Sistema em Manchester pode ser padrão para o futuro: Os treinadores têm uma forma de ver o jogo e não abdicam do sistema. O sistema é a base para as dinâmicas. Pensámos que a melhor estratégia para o jogo que nos faria mais perigosos a atacar. Não foi pensar em meio jogo. É arranjar soluções para não sofrermos e termos soluções para atacar e ganhar o jogo. Já joguei assim algumas vezes. Não estou a falar de mudar de 4-4-2 para 4-3-3... isso é básico. Defender com três defesas, não cinco, já requer outro trabalho. A preparação do jogo é sempre feita para ganhá-lo. Jogar em casa, para o campeonato, é diferente do que jogar em Manchester com o City.

Gil Vicente - três jogos sem perder: É uma equipa que ainda não perdeu, salvo erro só sofreu um golo. É uma equipa bem organizada e que defensivamente se organiza num 5-4-1. Os alas quando ganham a bola transformam-se em três atacantes. É uma equipa interessante com uma dinâmica interessante. Cabe-nos a nós levar o jogo para onde nós queremos e sentirmo-nos confortáveis no jogo, sendo muito fortes ofensivamente e equilibrados defensivamente

Quanto tempo para os reforços estarem confortáveis e ambientados: O tempo agora é pouco. Quando tenho o grupo à disposição os jogadores e trabalho com eles um ou dois dias... Houve jogadores que trabalharam um dia e tivemos o jogo com o Sporting. Não posso querer resultados imediatos com o que são jogadores que estão há três ou quatro dias a trabalhar. Mas há a pressão da conquista dos três pontos. Entre o jogo do Sporting e do City houve muito pouco tempo para trabalhar. Pouco tempo de recuperação agora para irmos para o Gil Vicente. Aos poucos vamos passando a mensagem. Até à próxima paragem de seleções vamos ter mais cinco jogos, uns em cima dos outros. Estamos confortáveis no jogo e com um resultado positivo, é altura de pôr um jogador... 

O FC Porto, este ano, tem de jogar o triplo para revalidar o título?: Não tem de jogar o triplo. Tem de encontrar soluções para ganhar jogos. Pode ser jogar ligeiramente diferente. Em muitos jogos do ano passado, jogámos muito. Jogar acima disso... Pode fazer-se, podemos atingir esse nível competitivo, mas constantemente jogar assim... Houve jogos muito interessantes o ano passado. Este ano temos de encontrar nuances para surpreender os adversários.

Sem tempo para treinar, foco é recuperação física e emocional?: Isto é correr atrás do tempo. Entre análises de adversários, dos jogos que fizemos e preparar o próximo. Temos um dia para trabalhar um bocadinho a estratégia para o jogo de amanhã. Não é fácil. Uma coisa é estarmos parado ali no quadro. Eu gosto é da dinâmica no treino. O quadro e o vídeo é bom, mas eu acho que o importante é no campo, é pisarem o espaço. No quadro é tudo muito bonito e fácil. No campo é que eu gosto. Tem o espaço físico. Ultimamente ouço conferências com um português tão mau.

Jogadores emprestados: Como eu disse, não é fácil chegar ao FC Porto e entrar de caras. Entrava o Ronaldo, o Messi e uma dúzia de jogadores. Mas não é o caso. Vieram jogadores de realidades diferentes, de outro país... É normal que haja um período de adaptação que contrasta com a exigência de vitórias. Ouvi dizerem que sou um treinador conservador. O que é isso? Eu nem nas contas sou conservador. Nas primeiras jornadas pus os jogadores que me deram confiança. São jogadores que jogam comigo há anos. Vocês até apelidaram o FC Porto de rolo compressor pelos golos que fazia. Eu jogo para ganhar sempre, isto não é ser conservador. 

Três jogos sem vencer. Como se dá a volta?: Ganhando amanhã. É o primeiro passo para se dar a volta. Não podemos andar a trabalhar mais ou menos ou estar motivados ou não por um resultado. Sabemos do nosso caminho e sabemos que não vai ser sempre um mar de rosas. Cabe-nos ter confiança no trabalho e no que os jogadores podem fazer. E ir à luta. Olhando para o que foi a situação de perda de pontos, foi em casa de um rival. Em muitos momentos direi que fomos um grande FC Porto em Alvalade e temos também a ideia que fizemos o mesmo com o City. Não vivemos de vitórias morais, vivemos de pontos. A melhor maneira de dar a volta é ganhar.

Cinco pontos de atraso à quinta jornada: Não é uma questão de preocupação, é achar que não devíamos ter perdido ou cinco pontos. Pensar que por um motivo ou outro perdemos podemos mas que são recuperáveis. Isto é uma maratona. Exigentes como somos, não queremos deixar pontos mesmo que seja no início de campeonato. Cabe-nos a nós ir atrás. Amanhã temos a possibilidade de voltarmos às vitórias e de uma forma sólida que é o que quero da minha equipa.

Gil Vicente - resposta depois da Champions: Acho que o resultado nos deve motivar. Lutamos por objetivos claros e não temos de andar ao sabor dos resultados. Sabemos o que é o nosso trabalho diário e sabemos que o jogo da Liga dos Campeões é passado. Foi analisado esse jogo e agora queremos concentrar-nos no jogo de amanhã. A dinâmica e os princípios de equipa estão sempre lá, podem variar por uma situação ou outra, ou pelo adversário, mas a nossa forma de jogar e dinâmica está sempre lá.

Antevisão: Depois do desaire para a jornada inaugural da Liga dos Campeões, diante do Manchester City, por 1-3, os dragões voltam este sábado à ação, desta feita para a 5.ª ronda da I Liga, para um duelo frente ao Gil Vicente. 

Com sete pontos na classificação, o FC Porto situa-se agora a cinco do líder Benfica.

A partir das 13h15, no centro de treinos do Olival, Sérgio Conceição fará a antevisão a esta partida.

Confira as declarações do técnico azul e branco na página do Desporto ao Minuto. 

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