Darwin e Waldschmidt, a dupla que afasta 'fantasmas' e aterroriza rivais
Chegaram à Luz no verão, conquistaram rapidamente um lugar no onze de Jorge Jesus e de lá não devem sair tão cedo. Os números que revelam a química entre dois jogadores... que nem conseguem falar o mesmo idioma.
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Desporto Benfica
O Benfica iniciou o campeonato com a corda toda e com dois nomes em plano de destaque. Ao contrário de anos anteriores, desta feita não é Pizzi quem parece carregar as águias às costas. Luca Waldschimdt e Darwin Núñez chegaram na última janela de transferências, deram sangue novo ao ataque e são, por esta altura, uma real ameaça para qualquer adversário. Se o internacional alemão se revela um goleador, o avançado uruguaio tem sido uma verdadeira fonte de assistências. Os números não mentem.
Waldschimdt conta com quatro golos em outros tantos jogos do campeonato, e só não é o melhor marcador da prova porque Rodrigo Pinho também está de pé quente - o bis no Dragão explica o bom momento de forma do avançado do Marítimo.
De resto, o avançado alemão, contratado ao Friburgo a troco de 15 milhões de euros, nunca havia bisado por duas vezes na mesma temporada, mas já o fez ao serviço dos encarnados: em Famalicão e em Vila do Conde.
Por seu turno, Darwin Núñez ainda não se estreou a marcar com a camisola do Benfica ao fim de cinco jogos (incluindo o jogo diante do PAOK, da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões), mas nem por isso tem deixado de dar nas vistas. O internacional uruguaio é um poço de força na frente de ataque e contabiliza já cinco assistências nas primeiras quatro jornadas do campeonato.
Famalicão (5-1) | Moreirense (2-0) | Farense (3-2) | Rio Ave (3-0) | |
Luca Waldschimdt | 2G | - | - | 2G |
Darwin Núñez | 2A | 1A | 1A | 1A |
O bom entendimento entre ambos não deixa de ser curioso. Um veio do futebol germânico, o outro chegou do segundo escalão espanhol. Um fala alemão e outro espanhol, mas o idioma acaba por não ser um obstáculo quando existe a linguagem do futebol. A explicação foi dada por Jorge Jesus logo após o triunfo em Vila do Conde.
"São dois jogadores que se completam muito bem, o Waldschmidt e o Darwin. Fazem dois em um. A única linguagem que têm é a futebolística, porque falar é zero. Não se entendem. Mas na linguagem do futebol sabem-se exprimir no jogo", explicou Jorge Jesus, em conferência de imprensa de rescaldo ao jogo no Estádio dos Arcos.
Fantasmas já foram afastados
Na altura em que o Benfica contratou Luca Waldschimdt e Darwin Núñez terá vindo à memória dos adeptos encarnados outros avançados que chegaram à Luz com a promessa de trazer golos mas que se revelaram verdadeiros flops. Facundo Ferreyra (que ainda é caso por resolver), Castillo, Raul de Tomas ou Dyego Sousa parecem já ser fantasmas afastados pela nova dupla de ataque das águias.
Registo goleador das águias já está no topo
Disputados quatro jogos, o Benfica soma um total de 13 golos, o que equivale a uma média de 3,25 golos por cada jogo. Assim sendo, as águias lideram o melhor ataque do campeonato, ainda que Jorge Jesus tenha afirmado que é preciso fazer mais e que a eficácia do Benfica tem de melhorar.
Jesus igualou maior vitória em Vila do Conde
Defrontar o Rio Ave em Vila do Conde será sempre uma tarefa complicada para qualquer equipa - o AC Milan que o diga - e nem os três grandes fogem à regra. Na noite de domingo, em pleno Estádio dos Arcos, o Benfica arrancou uma vitória por três golos de diferença, algo que só aconteceu por três vezes no histórico de confrontos entre as duas equipas. Em 1989, as águias conseguiram vencer o Rio Ave (4-1), num duelo da Taça de Portugal e em 1979, no primeiro jogo oficial entre ambos, o Benfica venceu pelo mesmo resultado (3-0) do último domingo.
Apito final: RAFC 0-3 SLBBenfica igualou o maior resultado dos encarnados em Vila do Conde:2020 RAFC 0-3 SLB, Liga1989 RAFC 1-4 SLB, Taça de Portugal1979 RAFC 0-3 SLB, Liga (primeiro jogo oficial entre as duas equipas) pic.twitter.com/foArjRcO6X
— playmakerstats (@playmaker_PT) October 18, 2020
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