Foi com recurso a um triunfo eficaz (e a um inspiradíssimo Diogo Jota) que Portugal venceu na última noite a Suécia por esclarecedores 3-0,  mantendo a liderança do Grupo 3 da Liga das Nações. O avançado do Liverpool foi a figura do encontro com dois golos e uma assistência para o primeiro da noite.

O encontro no Estádio José Alvalade, que contou com cinco mil adeptos nas bancadas, previa-se difícil, não só pela ausência do capitão de equipa, mas também pelo histórico dos suecos nas deslocações a Portugal, já que a formação nórdica tem mais vitórias do que a Seleção Nacional em solo luso.

Ainda assim, não foi isso que se viu na 'casa' do Sporting. A equipa das Quinas esteve muito segura a nível defensivo, à semelhança do que tinha acontecido diante do jogo com a França, e ao nível ofensivo foram muito eficazes, sendo letais na hora de rematar à baliza, ao contrário dos escandinavos que somaram várias oportunidades durante toda a partida, porém sempre sem sucesso, muito devido não só a uma enorme exibição de Rui Patrício na baliza, mas também a uma excelente réplica da dupla de centrais formada por Pepe e Rúben Dias.

Os suecos optaram por uma pressão alta, que criou muitas dificuldades à Seleção Nacional na luta pela posse de bola, todavia os lusos foram capazes de aproveitar da melhor maneira os espaços concedidos pelos adversários e erros que cometiam na 'hora h', como se viu no primeiro golo do encontro em que Diogo Jota encontro Bernardo Silva completamente solto de marcação. A frieza nacional voltou a valer novo remate certeiro em cima do apito para o intervalo, quando até a Suécia estava por cima na procura do golo, antes de Jota sentenciar o encontro com um lance a relembrar Cristiano Ronaldo.

Com este triunfo, que foi o segundo do vigente campeão europeu em solo luso sobre a Suécia, em 10 duelos, Portugal passa a somar 10 pontos no Grupo 3 da Liga A da Liga das Nações e continua na liderança, em igualdade com a França. O próximo encontro, já em novembro, será mesmo com a formação francesa e terá lugar no Estádio da Luz.

Mas vamos às notas do encontro entre Portugal e a Suécia

Figura:

Soberba, brilhante, extraordinária ou enorme, esgotam-se os adjetivos para caracterizar a exibição de Diogo Jota. O avançado o Liverpool é o homem do jogo não só pela assistência e pelos golos marcados, mas também porque praticamente não errou nas ações. Foi o substituto de Cristiano Ronaldo neste encontro, mas nem se deu pela falta do capitão nacional, tal a qualidade apresentada pelo jogador do Liverpool em todos os momentos da partida.

Surpresa:

Outro jogador da Seleção Nacional em enorme evidência foi Rui Patrício. O guarda-redes luso foi determinante ao assegurar mais um jogo sem sofrer golos. Fez três incríveis defesas ao longo do encontro que impediram os suecos de marcar um golo que os pudesse relançar na partida.

Desilusão:

Exibição muito discreta, quase invisível, de Robin Quaison. Foi uma das novidades lançadas por Janne Andersson no encontro em relação à derrota com a Croácia, mas foi como se nem tivesse estado em campo. O avançado foi presa fácil para a defesa portuguesa, sendo mesmo dos primeiros a ser substituído no encontro.

Treinadores:

Fernando Santos: A ausência de Cristiano Ronaldo obrigou-o a colocar Diogo Jota em campo, e esta revelou-se uma aposta certeira. Os minutos iniciais mostraram um Portugal atrevido, com dois avisos logo nos primeiros dez minutos, e com o decorrer do jogo a equipa demonstrou uma frieza e letal na hora de marcar. Como prometeu o selecionador, a equipa jogou bem sem o seu capitão.

Janne Andersson: Muito criticado nas últimas semanas, o jogo contra Portugal foi mais um 'prego no caixão' do técnico sueco. Primeira parte desinspirada do ataque da Suécia, com zero remates enquadrados com a baliza portuguesa. Kulusevski foi o rosto da luta sueca, mas nem a exibição positiva do jogador da Juventus, e colega de Cristiano Ronaldo, valeu para sair de Lisboa com pontos.

Arbitragem:

Bom trabalho da equipa de arbitragem liderada pelo sérvio Srdjan Jovanovic. Agiu com um critério disciplinar adequado, castigando faltas semelhantes dos dois lados, e não cometeu erros que comprometessem o resultado final.

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