O Marítimo surpreendeu o FC Porto com uma vitória histórica (3-2), na tarde de sábado, em jogo da 3.ª jornada da I Liga. Numa parte com muitos golos e alguma polémica, a equipa de Lito Vidigal acabou por ser tremendamente eficaz perante um conjunto azul e branco com pouco poder de fogo e visível falta de inspiração. 

Os insulares foram 'carregados' pelos golos de Rodrigo Pinho e pelas inúmeras defesa de Amir, que até uma grande penalidade de Alex Telles defendeu, mas não faltam outros protagonistas que merecem total destaque pelas melhores e pelas... piores razões. Vamos a eles. 

A figura

Marcar dois golos no Dragão na condição de visitado não é tarefa fácil para ninguém, mas Rodrigo Pinho fê-lo em menos de uma hora. No primeiro lance tirou Mbemba do caminho com uma finta de corpo e no segundo enganou toda a linha defensiva azul e branca. 

Já contabiliza quatro golos em apenas dois jogos e é o responsável por todos os tentos do Marítimo no atual campeonato. Na última época marcou nove golos e agora já está só a cinco de igualar tamanha marca. Tem argumentos de um bom avançado e atravessa um grande momento. Um nome a reter para esta época. 

A surpresa 

Wilson Manafá nunca foi um nome consensual no Dragão, mas esta temporada parece apostado em conquistar de vez os adeptos azuis e brancos. A bem da verdade, o lateral português foi a melhor unidade do FC Porto no desaire de ontem. Esteve sempre muito ativo ofensivamente do primeiro até ao minuto em que foi substituído e foi a maior fonte de problemas para o Marítimo. 

As arrancadas que foi protagonizando ao longo da partida foram disfarçando algumas lacunas defensivas, mas de uma coisa os adeptos não se podem queixar: não falta entrega e vontade a Manafá. 

A desilusão 

Num jogo especialmente mau por parte de figuras como Alex Telles e Tecatito Corona, a grande desilusão do jogo foi mesmo... Luis Díaz. O extremo colombiano havia entrado no Bessa para selar a goleada do FC Porto e foi a grande surpresa promovida por Sérgio Conceição para conseguir penetrar no bloco baixo que o Marítimo iria apresentar.

Pois bem, à exceção de um lance aos 10 minutos, Díaz esteve muitos furos abaixo do esperado e acumulou erros atrás erros. Ora decidia mal, ora não soltava a bola no momento certo. Foi, sem surpresas, o primeiro jogador a ser retirado por Sérgio Conceição e muito dificilmente manterá a titularidade para o próximo jogo. Uma desilusão. 

Sérgio Conceição

Sérgio Conceição assumiu a responsabilidade pela derrota, dizendo estar arrependido de ter feito algumas escolhas, mas não deixou de enviar um recado aos jogadores. Apostou tudo no momento em que estava a perder por um golo e acabou por ver a equipa sofrer o terceiro por estar em evidente desequilíbrio. Adivinham-se alterações para o próximo jogo. 

Lito Vidigal 

Numa semana em que tanto se falou do anti jogo que o Marítimo poderia levar ao Dragão, eis que Lito Vidigal consegue vencer o FC Porto com três golos marcados. Ora, o Marítimo foi atrevido e fechou-se para segurar o resultado, mas também acumulou alguns momentos em que os jogadores insulares quiseram perder tempo. Acabou por ser expulso por Rui Costa. 

O árbitro

Jogo muito complicado para Rui Costa. O desempenho do árbitro será alvo de análise por dois lances: aquele quase golo do FC Porto aos 70 minutos, em que a bola ficou em cima da linha de golo, e o penálti assinalado contra o Marítimo, já perto do apito final. Dois lances passíveis de discussão e muito, muito, complicados. Noite atribulada no Dragão. 

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