Nem foi preciso ligar o turbo. O Sporting venceu este domingo o Paços de Ferreira, por 2-0, num jogo que ficou pautado pelo ritmo médio/baixo na Capital do Móvel. Sempre em baixa rotação, os leões marcaram na primeira parte através de uma grande penalidade bem cobrada por Jovane, e no segundo tempo foi Coates a selar aquele que viria a ser o resultado final.
Com a mesma fórmula que venceu o Aberdeen na passada quinta-feira, Rúben Amorim – que não esteve no banco devido a estar ainda infetado pela Covid-19 – quis levar a máxima de ‘equipa que ganha não se mexe’ para a frente.
Depois de uns minutos iniciais de grande pressão por parte da equipa pacense, o Sporting começou a crescer e chegou à vantagem num penálti polémico. Ainda assim, o VAR confirmou a falta e Jovane não desperdiçou.
O Paços tentou reagir, é certo, mas sempre com pouca acutilância no ataque. Adán teve um fim de tarde tranquilo, sem grandes sobressaltos, o que diz muito sobre a produção ofensiva da equipa da Capital do Móvel. Quem não marca arrisca-se a sofrer e foi Coates a dar a machadada final no resultado. Nuno Mendes cruzou, Feddal desviou e o uruguaio bateu Jordi de pé esquerdo.
Primeiro jogo do Sporting, primeira vitória na I Liga. Já o Paços soma apenas um ponto em dois jogos, fruto do empate na última jornada diante do Portimonense.
Figura: Coates começou a época a demonstrar que é o patrão que o Sporting precisa. Num jogo com poucos sobressaltos defensivos, o uruguaio somou várias intercepções, mostrou-se seguro na companhia de Feddal e ainda coroou a sua exibição com um golo
Surpresa: Não foi o jogo mais difícil em termos defensivos para Pedro Porro, mas já se percebe o quão o lateral de 21 anos pode ser no decorrer desta temporada. Sobe no tempo certo, desequilibra quando aparece no ataque e esteve perto do golo.
Desilusão: Esperava-se mais de Douglas Tanque, uma das principais figuras do Paços. O melhor que conseguiu fazer foi um remate potente ao lado da baliza de Adán. Passou completamente ao lado do jogo.
Rúben Amorim: O esquema de três centrais parece que está para durar e a verdade é que está a dar frutos. O técnico, que não esteve no banco por estar ainda infetado com a Covid-19, apostou no mesmo onze da passada quinta-feira e a fórmula vencedora resultou mais uma vez. Não se pode dizer que tenha sido uma exibição brilhante e a equipa está longe ainda daquela ideia de posse de Amorim. Porém, nesta 2.ª jornada da I Liga, foi suficiente para um triunfo confortável e sem grandes sobressaltos.
Pepa: A sua equipa entrou bem e nos primeiros minutos dificultou a saída de bola do Sporting com a pressão alta que fez. No entanto, foi sol de pouca dura e acabou a acusar o golo sofrido. No segundo tempo parecia que o Paços iria dar uma resposta melhor, mas ficou-se pela ilusão. A formação da Capital do Móvel teve até alguma bola, mas sempre que chegava perto do ataque era uma equipa sem grandes soluções. A acutilância no último terço deixou muito a desejar.
Fábio Veríssimo: Arbitragem marcada pelo lance que deu origem ao penálti do Sporting. Foi ou não mão na bola de Douglas Tanque? O lance suscitou muitas dúvidas, mesmo a antigos árbitros, mas o que é certo é que o VAR confirmou a decisão de Fábio Veríssimo.