O Sporting deu, esta sexta-feira, continuidade ao momento positivo que atravessa nesta pré-temporada e somou a terceira vitória consecutiva, desta feita sobre o Valladolid, em Alverca, por 2-1.
Os homens de Rúben Amorim assinaram uma primeira parte algo 'insonsa', com uma gritante falta de criatividade (mais uma vez...), que apenas foi 'temperada' por dois 'rasgos' de Pedro Porro, que jogou contra a equipa que representou em 2019/20.
O lateral-direito emprestado pelo Manchester City assinou o primeiro remate da noite, aos 33 minutos, e, pouco depois, com um belo passe, isolou Tiago Tomás, numa jogada que só não deu golo graças aos reflexos de Roberto Jiménez.
Já no segundo tempo, os leões subiram o nível e, no espaço de dez minutos, Nuno Santos, Jovane Cabral e Tiago Tomás ficaram muito perto do golo. Mas quem não marca arrisca-se a sofrer, e foi precisamente isso que aconteceu.
O reforço Zouhair Feddal cometeu uma grande penalidade que Sekou Gamassa não desperdiçou. No entanto, a resposta não tardou, já que o internacional marroquino foi à frente e, de cabeça, repôs o empate.
O golo que 'desequilibrou a balança' surgiu já aos 79 minutos. Jovane Cabral foi derrubado na grande área e assumiu ele próprio a marcação do penálti, que atirou a contar para selar um novo triunfo verde e branco na pré-época.
Os reforços
Adán: Uma exibição segura do guarda-redes espanhol. Teve pouco trabalho em Alverca, mas, sempre que foi chamado a intervir, fê-lo com tranquilidade, de tal maneira que só foi batido na cobrança de uma grande penalidade. Demonstrou, ainda, qualidade no jogo de pés.
Feddal: Foi, a par de Nuno Santos, o reforço que se mostrou a melhor nível. Esteve seguro a defender, e assumiu, ainda, um papel determinante na primeira fase de construção, a procurar sempre o passe vertical. Originou a grande penalidade que resultou no golo dos espanhóis, mas redimiu-se pouco depois, com um belo cabeceamento a cruzamento de Wendel.
Pedro Porro: Começou o jogo alto ‘tímido’ na hora de atacar, mas, com o desenrolar da noite, foi-se soltando cada vez mais. Aos 33 minutos, fez uso do ‘caparro’ para se livrar da defesa adversária e desferir o primeiro remate do encontro, e, oito minutos depois, assistiu para um belo ‘tiro’ de Tiago Tomás com um passe certeiro. Uma exibição aos ‘soluços’, mas positiva.
Antunes: Muito participativo no ataque, ainda que pouco esclarecido na hora de decidir. Combinou bem com os companheiros mais adiantados, mas acabou por ser pouco eficaz nos cruzamentos. Denotou, ainda, dificuldades quando teve de recuperar posição, obrigando Feddal a trabalhos redobrados.
Nuno Santos: Começou como extremo do lado esquerdo, mas foi quando passou para o lado direito e teve a oportunidade de fletir para dentro que mostrou serviço, com diversas investidas perigosas. Já no segundo tempo, recuou para a posição de lateral-esquerdo, onde mostrou que também pode ser opção.
Tiago Tomás: Tem ‘pinta’ de jogador esta jovem promessa leonina. Nem sempre foi bem servido, mas nunca virou a cara à luta e demonstrou uma disponibilidade física invejável, mesmo quando parecia mais ‘desligado’ do jogo. Merecia o golo que lhe escapou por duas ocasiões, mas Roberto Jiménez (aos 41 minutos) e o poste (aos 54) assim não o quiseram.
João Palhinha: Foi, de longe, a maior surpresa da noite. Depois de ter sido dado como 'riscado' e a caminho de CSKA Moscovo ou Wolverhampton, o médio regressado do Sporting de Braga, não só foi convocado, como também lançado em jogo, aos 66 minutos, para o lugar de Matheus Nunes. Entrou com a 'corda toda' e, depois de quase assistir para golo, assinou um remate perigoso. Mais do que isso, libertou Wendel para tarefas mais ofensivas, no período em que o Sporting apresentou a melhor face. Teremos aqui um reforço... inesperado?