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GT Open: O 'backstage' e os pormenores de um dia de testes no Estoril

Teo Martín Motorsport apostou em dupla portuguesa para lutar pelo título no International GT Open. Henrique Chaves e Miguel Ramos, vencedor do campeonato em 2015, querem fazer história e, em mais um episódio da rubrica 'Dos 0 aos 100', acompanhámos os preparativos para a época que arranca no início de agosto.

GT Open: O 'backstage' e os pormenores de um dia de testes no Estoril

A época do International GT Open, competição de carros de GT, arranca no dia 6 de agosto, na Hungria, e terá uma dupla portuguesa, que se predispõe a fazer a história. A equipa Teo Martín Motorsport quer o título e, para isso, juntou o jovem Henrique Chaves e o experiente Miguel Ramos, piloto que já venceu o campeonato em 2015, ao lado do bem conhecido Álvaro Parente.

Antes do início da temporada, a equipa espanhola realizou testes no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, e no Autódromo Fernanda Pires da Silva, no Estoril.

O Desporto ao Minuto acompanhou a segunda bateria de testes e, se dúvidas houvessem, estas ficaram dissipadas. A equipa e a dupla de pilotos só pensam numa coisa: Levantar o tão desejado troféu no final do ano, em Barcelona.

Ao volante de um McLaren 720S GT3, a dupla lusa começou cedo o dia a rodar no Estoril e as impressões foram bastante positivas.

"A pista ainda não tem muito ‘grip’, mas tive boas impressões. Na parabólica, saí um bocadinho por cima da gravilha, mas foi apenas um pequeno susto, nada de preocupante. Estes treinos são super importantes para nós. É a primeira vez do Miguel com este carro da McLaren e, por isso, também tem de se adaptar",  começou por dizer Henrique Chaves, logo no início do primeiro dia de testes no Estoril.

Sempre atentos ao detalhe, mal terminavam algumas voltas, os dois pilotos sentavam-se com os engenheiros e, juntos, trocavam impressões. Entre o debate no que diz respeito aos acertos de tempos de entrada na curva e aos comportamentos do carro, os mecânicos deixavam tudo pronto no McLaren 720S GT3 para que pudesse rodar no imediato. Tudo é visto ao detalhe por cada membro da equipa, desde os discos de travão à parte aerodinâmica.

Os pneus são também parte importante no desempenho do carro. Sabe, por exemplo, quantos jogos de pneus são gastos num dia de testes? Em média são gastos seis jogos, dois usados e quatro novos.

Notícias ao MinutoCarro a ser preparado pela equipa da Teo Martín Motorsport© Notícias ao Minuto

E, se Henrique Chaves estava já mais habituado ao McLaren 720S GT3, para Miguel Ramos, quantos mais quilómetros se fizessem, melhor. E, a título de curiosidade: sabe quantos quilómetros se percorreram em dois dias de testes no Estoril? Perto de 1000.

"O carro, para mim, é novo, e logo no primeiro dia disse: ‘eh lá!’. Adorei, é muito giro de guiar. O carro muda de direção rapidamente, tem bons travões, adorei estar em Portimão. Aqui, no Estoril, ainda demorei a sintonizar-me. É uma questão de adaptação e conhecer o carro, mas é um estilo de condução muito agressivo, vira rápido… Tenho de me habituar porque ainda estou a virar cedo demais", afirmou o experiente piloto de 48 anos.

Juventude e experiência juntam-se assim numa dupla que tem tudo para ganhar, segundo Teo Martín, o patrão desta equipa.

"O que queremos é claramente ganhar o campeonato. Estivemos em Portimão, agora no Estoril, para tentar sermos o mais competitivos possível. No ano passado, tivemos azar, e este ano queremos dar o tudo por tudo com o Henrique, que já conhece bem o carro, e com o Miguel, que já ganhou o campeonato. É uma grande dupla. Os testes têm corrido muito bem e acho que vamos chegar à Hungria com o carro muito afinado", afirmou o espanhol.

Notícias ao MinutoHenrique Chaves e Miguel Ramos a trocaram impressões depois de várias voltas ao traçado do Estoril© Notícias ao Minuto

Porém, nem tudo é talento ou experiência. Se se quer vencer corridas, a juntar a estes ingredientes, é necessário ter um bom carro. O McLaren 720S GT3 já provou estar à altura em 2019, mas em 2020 é preciso melhorar o que não estava tão bom e aprimorar o que estava razoável.

Henrique Chaves confessou que nem tudo estava a 100%, mas que já sente melhorias e que estes testes têm servido para verificar partes como a asa do carro, as alturas ou as suspensões. "Em Portimão, tínhamos uma falha no controlo de tração, que foi solucionada aqui para o Estoril e eu já notei algumas diferenças no controlo de tração que a McLaren nos enviou", salientou o piloto da Teo Martín Motorsport.

Notícias ao MinutoO McLaren 720S GT3 a sair das boxes© Notícias ao Minuto

Foram quatro dias intensos de muito trabalho, muito pneu desgastado, mas acima de tudo muita preparação para o que aí vem. Serão seis provas de grande intensidade para a dupla portuguesa em alguns dos circuitos mais famosos do mundo: Hungaroring (Hungria), Paul Ricard (França), Red Bull Ring (Áustria), Monza (Itália), Spa-Francorchamps (Bélgica) e Barcelona (Espanha).

Henrique Chaves quer ter melhor sorte do que em 2019 e a nós resta-nos desejar boa sorte à dupla portuguesa, que irá carregar a bandeira das quinas por esse asfalto fora.

"No ano passado tínhamos tudo para ser campeões, tivemos um bocado de azar na última corrida. Demos um toque na partida e o capô saltou, tivemos de abandonar pela primeira vez na temporada. Ficámos em terceiro, foi bom para o meu primeiro ano de GT’s, mas este ano é o 30.º ano de carreira do Miguel e acredito que ele queira um título. Vou dar tudo o que tenho para ser campeão, até para dar o salto na minha carreira. Acredito que a comunicação entre nós vai ser super fácil, afinal de contas somos dois portugueses", finalizou.

Veja na galeria acima um pequeno vídeo de Miguel Ramos na reta da meta do circuito do Estoril!

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