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"Tomás Esteves pode render muito em termos desportivos no FC Porto"

Lateral-direito de 18 anos prolongou contrato com o FC Porto até junho de 2024. Eduardo Luís considera que o jovem é uma alternativa muito válida para a lateral-direita do FC Porto, mas salienta que o atleta terá de aguardar pela sua oportunidade.

"Tomás Esteves pode render muito em termos desportivos no FC Porto"
Notícias ao Minuto

08:09 - 07/06/20 por Rodrigo Querido

Desporto Exclusivo

Num claro sinal da continuidade da aposta na formação, o FC Porto anunciou, na tarde de sexta-feira, a renovação de contrato com Tomás Esteves. O jovem, de 18 anos, tinha vínculo válido até ao final da próxima temporada e uma cláusula de rescisão baixa (10 milhões de euros), muito apetecível para a grande maioria dos grandes clubes europeus.

Ainda assim, o lateral-direito preferiu continuar no "clube do coração" e estendeu a ligação contratual aos dragões por mais quatro temporadas até junho de 2024.

"Sinto-me muito feliz com esta renovação. Agradeço ao presidente e ao clube a confiança depositada em mim. Vou trabalhar muito para corresponder às expetativas e ser muito feliz no meu clube do coração. Vou dar tudo pelo FC Porto", confessou Tomás Esteves em declarações aos canais oficiais do FC Porto depois de oficializada a renovação contratual.

Em declarações exclusivas ao Desporto ao Minuto, Eduardo Luís, antigo defesa que alinhou no FC Porto entre 1982 e 1989, destacou que a renovação de contrato de Tomás Esteves é uma "boa notícia para a família portista", considerando que o lateral-direito é uma alternativa válida para o futuro.

"A renovação de elementos da formação é sempre bom, ainda para mais com o valor que parece ter. É rapaz com 18 anos, fez um contrato por mais quatro anos e talvez com uma cláusula de rescisão maior do que a anterior. Penso que, para a idade que tem e para o valor que tem, é um rapaz que, no futuro, pode vir a ser um elemento válido na equipa do FC Porto. É uma boa notícia para toda a gente, para a família portista, uma vez que tem ali um elemento jovem, português, e que pode render muito em termos desportivos no FC Porto", começou por salientar antigo internacional português.

Aguardar pela oportunidade é a chave para o futuro

Numa altura em que Jesús Corona é apontado à saída do FC Porto no mercado deste verão dado o elevado interesse de muitos clubes, Tomás Esteves surge como possível alternativa no onze inicial da próxima época.

Questionado sobre se o jovem tem condições para assumir a titularidade na próxima época caso se confirme a saída do internacional mexicano, Eduardo Luís deixa um conselho a Tomás Esteves: aguardar pela oportunidade.

"O Corona, para mim, nunca foi lateral direito, é ali um pouco adaptado uma vez que é um jogador bom tecnicamente e que sobe bem pelo corredor. Eu já vi jogar o Tomás Esteves. Não sou eu que vou dizer que tem condições [para assumir o lugar na próxima época]. As pessoas que estão lá dentro, principalmente a equipa técnica, sabem do potencial que o Tomás Esteves tem e vêm nele um futuro lateral-direito da equipa. Agora é uma questão de oportunidade, de começar a jogar, de se impor e de as pessoas verem ali um futuro titular do lado direito da equipa. Valor tem, capacidade tem, mas agora tem de demonstrar isso mediante as oportunidades que tiver", apontou.

Eduardo Luís confessou, ainda, que o plantel do FC Porto não tem assim tantas alternativas como se possa pensar, e recordou também casos de outros históricos jogadores portistas que souberam esperar pela oportunidade antes de agarrar o lugar em definitivo.

"O plantel do FC Porto não é assim tão grande em termos de opções e falta ali alguma qualidade na equipa. O Tomás Esteves é um miúdo, tem 18 anos, e temos de esperar que, através, dos treinos e daquilo que ele mostra durante a semana o treinador possa pensar em utilizá-lo nesta última fase do campeonato. Como a pressão é grande e o FC Porto quer ser campeão, mas tem ali à perna o Benfica, o treinador vai sempre arriscar pelo que é mais certo e por aquilo que a equipa pode render de melhor, colocando à partida os jogadores que têm sido titulares e que lhe dão mais garantias. O Esteves é uma opção quando entrar e se mostrar com tudo. Isto já aconteceu com o Vítor Baía que quando apareceu começou a jogar e fixou-se, e outros tantos jogadores que apareceram e se impuseram como o Domingos. É uma questão de aproveitar a oportunidade e mostrar o seu valor", sublinhou.

Esta temporada, além de três jogos pelos juniores e 10 pela equipa B dos 'dragões', o lateral-direito estreou-se pela equipa principal no passado dia 5 de dezembro de 2019, naquele que é o único jogo com a primeira equipa dos portistas. Na altura, os 'azuis e brancos' venceram o Casa Pia (3-0), na fase de grupos da Taça da Liga.

Questionado sobre se Tomás Esteves merecia ter tido mais oportunidades esta temporada na equipa principal, dada a existência de apenas um lateral-direito de raiz (Wilson Manafá) no plantel às ordens de Sérgio Conceição, Eduardo Luís remeteu a explicação para a equipa técnica.

"Quem lida com os jogadores é que pode responder a estas questões. O FC Porto também tem o Manafá, que joga do lado direito, e de certeza que, quando regressar o Alex Telles, ele vai sair e fica no onze o Corona. O treinador não vai mudar muito, apenas se um jogador se lesionar ou for castigado. A qualquer momento ele pode aparecer. O Tomás é um elemento válido e tem apenas de esperar. Isso também aconteceu comigo. Quando estive no FC Porto também tive de esperar. Houve alturas em que a equipa estava bem e não havia que mexer. Quando não dá para mexer, o jogador tem de trabalhar e estar pronto para qualquer eventualidade. O plantel tem 20 e tal jogadores, mas só podem jogar 11. Todos os outros 11 quando não jogam se deixarem de treinar com certeza que não vão ter hipótese. É isso que se pede aos jogadores que estão de fora, que trabalhem e que mostrem que podem contar com eles", salientou o antigo defesa, antes de apontar aquelas que são, na sua opinião, as melhores características do jovem.

"Vi um ou outro jogo dele. É muito evoluído em termos técnicos e físicos, é forte em termos de estatura e compleição física. Em termos físicos, não sei se ele dura uma hora ou três horas ao mesmo nível. Isso irá depender sempre do ritmo de jogo, de entrar e jogar bem, ganhar confiança dos técnicos e dos colegas. A partir daí é seguir em frente e seguir carreira", finalizou.

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