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Luz sem público? A conversa com um adepto que marcou Bruno Lage

Benfica-Tondela está agendado para esta quinta-feira, às 19h15.

Luz sem público? A conversa com um adepto que marcou Bruno Lage
Notícias ao Minuto

18:36 - 03/06/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Benfica

O Benfica regressa aos relvados já esta quinta-feira. Depois da paragem nas competições, a I Liga vai ser retomada na 25.ª jornada e as águias terão pela frente o Tondela.

No Estádio da Luz, a equipa encarnada vai certamente tentar alcançar os três pontos com o objetivo de regressar ao 1.º lugar do campeonato. Bruno Lage fez esta quarta-feira a antevisão da partida, fique com os pontos essenciais da conferência de imprensa.

O que esperar do jogo: É uma boa pergunta porque é tudo inédito. A paragem a meio do campeonato e o tempo de paragem. Temos de perspetivar o que o adversário vai fazer e depois jogar no Estádio da Luz sem os seus adeptos é quase levar a alma do que representa o Benfica. Foram meses de muito trabalho, de toda a gente. É um adversário muito difícil e muito competente, já o jogo da primeira volta foi muito difícil. Queremos ter uma reentrada muito forte, foi nisso que nos focámos. Preparámo-nos para tudo. Fizemos treino-jogo na Luz para os jogadores se ambientarem. Os adeptos não estão lá, mas estão a ver-nos jogar. Falei com um adepto recentemente, que me reconheceu, e trocámos duas ou três palavras. Foi muito importante. Ele disse-me apenas que não irão lá estar fisicamente, mas iremos lá estar de coração. É essa mensagem que quis passar aos jogadores.

O que sentiu mais falta: Foi de trabalhar diariamente com os jogadores. É difícil de explicar quando se tem esta vida durante 20 anos. Foi realmente que me fez mais falta. 

Paragem foi benéfica em algum aspeto: Esta paragem nunca pode ser visto como boa. Mas em termos pessoais podemos tirar alguma coisa de positivo, neste caso foi o facto de privar com os meu filhos e a minha mulher diariamente. Foram três meses de contacto diário, de aprendizagem, acho que esse foi o único ponto positivo do que aconteceu. 

Paragem após série negativa: Em fevereiro não tivemos um bom registo, deveríamos ter feito mais e melhor. Se foi benéfico ou não, temos é de amanhã fazer uma boa reentrada. Neste momento considerar os nossos adeptos como a nossa alma, dá motivos aos jogadores para vencer. 

Renovação de Jesus e voto de confiança de Vieira: O que tem uma coisa a ver com outra? Já diziam que Jesus vinha substituir Rui Vitória. Aconteceu? Não aconteceu. O que me deixa tranquilo é ter reconhecimento das pessoas que trabalham diariamente comigo. Depois, quem vier a seguir, já não vai ser preocupação minha. Jorge Jesus fez um trabalho fantástico, mas quando um dia terminar a minha função como treinador, pode ser o mister Jorge Jesus ou outro qualquer. Vou contar uma pequena história para perceber que a relação entre o presidente e Jesus tem também com outras pessoas. Depois de 8 anos na formação do Benfica, senti que precisava de outro desafio para evoluir. Falei com o presidente e expliquei-lhe o que sentia. 'Presidente veja-me como um jogador'. Expliquei que podia evoluir e mais tarde podia regressar a casa. Por isso não acho nada anormal que o presidente tenha esta relação com o mister Jesus, porque tem a mesma comigo depois de eu trabalhar aqui 8 anos.

Entrada forte é importante: Senti a equipa com muito bom ritmo no último treino-jogo que fizemos no Estádio da Luz e isso deu-nos muita confiança.

Cinco substituições: Eu concordo com estas cinco substituições. Já vi várias opiniões diferentes... As equipas mais fortes têm mais recursos para colocar? Sim, talvez. Há 100 anos atrás nem substituições havia. A evolução aconteceu. Eu tendo mais gente envolvido no banco, com sentimento de pertença, é bom. Cinco substituições com três paragens era o que eu fazia.

Integração de mais jovens da formação: Já não é de agora. O clube tem feito essa transformação com passos seguros e temos vindo incluindo jogadores da formação na equipa principal. São o presente e o futuro do Benfica. Mas há algo que tem de ser transversal a todos eles, independentemente da idade deles. Altos e baixos vamos ter sempre, fiz essa reflexão no ano passado com o grupo. Chegaram alguns jogadores da equipa B e primeiro por lesão e depois por mérito, o nosso capitão de equipa perdeu o lugar. O Jardel deve ser dos jogadores mais titulados do plantel, mas não deixou de trabalhar para evoluir. Começou a nova época com uma lesão, mas agora está muito bem neste reinício e, aos 34 anos, treina com uma ambição enorme para voltar a jogar. É esta a mentalidade que se tem de ter quando se chega à equipa principal. Chegar, estar aqui e em dois ou três meses as coisas acontecerem... Nem sempre é assim. Aconteceu com o Renato Sanches e João Félix, mas nem sempre é assim. Depois há coisa que neste clube tem de haver sempre, que é rendimento, sempre.

Primeiras jornadas decisivas: Os jogos são todos importantes. Agora, entrar bem, e depois ao quarto, quinto, sexto jogo já com a fadiga também vão ser muito importantes. A distância é muito curta e podemos perder jogadores por lesão, por ficar infetado... Entrar bem é fundamental, por isso é que amanhã temos de entrar para ganhar o jogo.

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