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Francisco J. Marques e o caso Marega: "Houve quem tentasse banalizar"

Diretor de comunicação do FC Porto diz que "não vale tudo para atingir os adversários"

Francisco J. Marques e o caso Marega: "Houve quem tentasse banalizar"
Notícias ao Minuto

07:27 - 19/02/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Marega

O Diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, comentou no programa Universo Porto - da Bancada, no Porto Canal, os insultos racistas a Moussa Marega, no encontro do último domingo no Estádio D. Afonso Henriques entre Vitória de Guimarães e FC Porto.

O dirigente portista sublinha que se apercebeu do que aconteceu até pela transmissão televisiva e diz não entender como tenha havido quem "tenha procurado simplificar e banalizar ou levanta a dúvida" sobre se tratariam ou não de insultos racistas.

"Pela transmissão televisiva deu para perceber o que estava a passar. Eu apercebi-me. Vou até revelar uma troca de mensagens com o Dr. Nuno Brandão, um dos nossos advogados. Ele perguntou-me se os adeptos do Guimarães não entoaram cânticos de macacos contra o Marega entre os minutos 62 e 63. Eu disse-lhe que sim e que já tinha pedido para cortar esse excerto. Ou seja, antes de o Marega ter enchido a paciência, já nós em casa nos tínhamos apercebido que quando a bola estava com ele havia aquele som. Isto vem tornar mais difícil entender algumas pessoas que procuraram simplificar e banalizar ou levantar a dúvida se por ventura estávamos perante um ato racista ou não", começou por dizer Francisco J. Marques.

"Estamos a falar de uma coisa que logo a seguir se vem a perceber quando o Marega diz que não está para continuar a aturar aqueles comportamentos. Mas já antes, quando ele marcou o golo, aquele gesto para a pele que fez tinha de ter significado. Há muitos dados para perceber o que aconteceu. Depois há outra coisa: há uma autoridade da polícia a confirmar que houve insultos racistas. Quantas vezes vimos uma autoridade policial confirmar com tanto desprendimento uma coisa? Ali não há que ter dúvidas. Não aconteceu outra coisa, aconteceu aquilo. O comissário disse que não tinha a mais pequena dúvida", prosseguiu.

"Há um sem número de testemunhos e há o que todos vimos. É uma coisa de uma proporção que não é comum. Nunca tínhamos visto coisas destas. E por isso é que nunca tinha causado uma coisa assim. Um jogador sentir-se humilhado e farto... Em relação ao comportamento dos colegas de equipa, é importante dizer que estavam a tentar tranquilizar o Marega, que estava visivelmente perturbado com aquilo. Quem não ficaria? Há uma linha que não pode ser ultrapassada", atirou ainda.

Francisco J. Marques referiu ainda que o grupo de trabalho se uniu em torno de Marega para ajudar o avançado maliano a ultrapassar esta situação.

"O grupo de trabalho está a prestar todo o apoio ao Marega porque é justo que assim seja. Ele merece. É o tipo de jogador que leva muita pancada e que tem sempre um grande fair-play para com os adversários. Tem um comportamento irrepreensível. Agora, passou por isto há que o ajudar a superar. Toda a gente está a contribuir para isso. E o FC Porto não está a procurar tirar aproveitamento disto. O senhor presidente quando recorda que o atleta recebeu das suas próprias mãos a distinção de dragão de ouro só diz que nós não descobrimos que ele era bom agora. Nós já o tínhamos premiado e nós bem sabemos o atleta e o homem que ele é. Nós, em devido tempo, distinguimos o Marega como um dos melhores entre os melhores. O que eu destacava das declarações é isso", concluiu.

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