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A última barreira também garante finais: As notas do Famalicão-Benfica

Águias conseguiram assegurar um lugar na final da Taça de Portugal depois de empatarem em Famalicão. Odysseas foi a grande figura do encontro, num jogo em que o setor ofensivo ficou muito abaixo do esperado.

A última barreira também garante finais: As notas do Famalicão-Benfica
Notícias ao Minuto

08:03 - 12/02/20 por Francisco Amaral Santos

Desporto Análise

No mundo do futebol ouve-se com frequência a expressão que há guarda-redes que valem pontos. E, de facto, há guarda-redes que valem muitos pontos ao longo do campeonato. Mas também há guarda-redes que, para além dos pontos no campeonato, garantem ainda um lugar nas finais de outras provas igualmente importantes. Este é o ponto de partida para contar a história de um jogo que termina com o apuramento do Benfica para a final da Taça de Portugal. 

As águias deslocaram-se, na noite de terça-feira, a Vila Nova de Famalicão para arrecadarem um sofrível empate (1-1) que valeu o lugar de primeiro finalista da presente edição da prova rainha. 

Depois de uma vitória na Luz (3-2), no jogo da 1.ª mão, os comandados de Bruno Lage acabaram por alcançar um resultado que permite um regresso ao Jamor três anos depois para disputar nova final da Taça de Portugal. 

No entanto, quem olhar para este resultado poderá cair no erro de pensar que o Benfica não passou por dificuldades. Ora, nada poderia ser mais enganador. O Benfica sofreu a bom sofrer em Famalicão e as maiores consequências apenas não apareceram porque na baliza encarnada mora um muro grego chamado Odysseas Vlachodimos. O nome deste jogo está lançado, por isso passemos aos destaques desta partida. 

A figura 

A época avança para a fase mais decisiva e o nome de Odysseas terá sempre de ser associado ao sucesso que o Benfica tem conseguido encontrar. Se o Benfica chegou a esta final da Taça de Portugal bem pode agradecer ao internacional grego. Na noite de ontem, Odysseas fez sete (!) defesas e só não evitou o golo de Toni Martínez já perto do apito final. 

Apesar do golo sofrido, foi o guardião grego quem impediu que o sonho da Taça virasse um autêntico pesadelo em Famalicão para os adeptos encarnados. Perante a total desinspiração dos companheiros de equipa, Odysseas foi o único que manteve o nível exibicional e foi o catalisador do desespero dos jogadores e adeptos famalicenses. Momento de maior protagonismo: Na primeira parte assinou duas defesas monstruosas em resposta aos remates de Toni Martínez e de Diogo Gonçalves. 

Vale a pena recordar que o Benfica andou numa autêntica aventura de verão à procura de alguém que pudesse lutar pela titularidade com Odysseas. Felizmente para as águias, o grego não precisou de concorrência para crescer e mostrar que aquela baliza encarnada só pode ser dele. 

A surpresa 

Diogo Gonçalves está emprestado pelo Benfica ao Famalicão e os regulamentos permitem que os jogadores cedidos possam defrontam os clubes aos quais pertencem. Ora, Diogo Gonçalves não se intimidou por enfrentar o clube que o formou e assinou nova exibição merecedora de todos os elogios, tal como havia feito há uma semana na Luz. 

Diogo Gonçalves foi uma permanente dor de cabeça para Grimaldo durante os 90 minutos e foi dele que nasceu o golo do Famalicão na noite de ontem. Na primeira parte ficou à beira de um golo de elevada nota artística mas esbarrou no murro de Odyesseas

Aproveitou a eliminatória para se mostrar a Bruno Lage e quem sabe provar que merece uma nova oportunidade na equipa principal das águias

A desilusão 

Rafa voltou a ser aposta de Bruno Lage e desta feita falhou naquilo que foi proposto: destabilizar a defensiva contrária. As iniciativas do internacional português foram sempre previsíveis e na melhor ocasião que teve para aproveitar o espaço em campo falhou ao esticar em demasia o passe para o companheiro Pizzi

Rafa assinou assim uma exibição muito cinzenta em Famalicão e foi sem grandes surpresas que foi o primeiro sacrificado quando Bruno Lage mexeu na equipa. Um jogo para esquecer para o camisola 27 das águias

João Pedro Sousa 

Estava pressionado pela humilhante derrota caseira averbada no passado sábado, diante do Vitória SC (0-7), mas conseguiu dar uma resposta para lá de satisfatória. O Famalicão não teve medo de lutar olhos nos olhos com o Benfica, tal como já o havia feito há uma semana, e só mesmo o gigante Odysseas impediu que a presença no Jamor não passasse do sonho para a realidade. 

Tem mérito não só pela forma como está a tirar o melhor de vários jogadores, mas também pela mentalidade ambiciosa que incutiu no plantel famalicense. 

Bruno Lage 

Depois de uma derrota no Clássico diante do FC Porto (2-3), o Benfica estava proibido de falhar o acesso à final da Taça de Portugal. O Famalicão não facilitou em nada a missão de Bruno Lage, mas o objetivo de regressar ao Jamor foi alcançado com, diga-se, mais ou menos sorte. 

Aproveitou ainda para fazer descansar Weigl e voltar a utilizar Florentino Luís, que já não jogava desde 2019, ao mesmo tempo que voltou a entregar a titularidade a Cervi. A defesa, tirando Odysseas, continua a dar sinais de alguma falta de sintonia e o Benfica voltou a sofrer golos pelo quarto jogo consecutivo. 

Árbitro 

Num jogo com muitas faltas, Jorge Sousa soube gerir bem o critério dos cartões amarelos. Nos lances de maior dúvida apoiou-se no VAR e invalidou um primeiro golo do Famalicão, mas validou o segundo apontado já perto do apito final. Nota positiva numa noite complicada.

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