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Varandas e as claques: "Nunca vou abandonar o Sporting a esta gente"

Presidente leonino acusa os dirigentes das claques de julgarem que "estão acima dos estatutos" do clube.

Varandas e as claques: "Nunca vou abandonar o Sporting a esta gente"
Notícias ao Minuto

07:26 - 11/02/20 por Notícias Ao Minuto

Desporto Sporting

Frederico Varandas concedeu, esta segunda-feira, uma entrevista à TVI, na qual voltou a apontar o dedo às claques, com especial menção à Juventude Leonina. O presidente do Sporting considera que este "tem sido um dos sérios problemas do Sporting" e assegura que não se irá demitir.

Guerra com claques: É injusto por toda a gente no mesmo saco. O problema desta direção não é com as claques, é com as direções das claques. Eu fiz parte de uma claque. O que está em causa é que existem senhores que estão há mais de uma década, que julgam que estão acima dos estatutos do Sporting. Esse tem sido um dos sérios problemas do Sporting.

Como concluir a guerra: Não decidi ter esta guerra. Tive que tomar uma decisão. Defender o Sporting obriga a tomar esta medida. A direção não consegue fazer isto sozinha. Enquanto a maioria do Sporting for silenciosa vai ser muito mais difícil. Apelo aos sócios do Sporting, os donos do clube. Nenhuma claque é dona do Sporting (...). No momento mais negro da história do Sporting foi assim. Vimos o que aconteceu. É sempre os 70% silenciosos que aparecem. O problema não é do Varandas. Qualquer outro presidente que esteja aqui e não dê o que estes senhores estavam habituados a ter vão ter este problema.

Presidente do Sporting nas mãos das claques: Chegámos ao Sporting e tinha havido o ataque de Alcochete, um ataque onde a Juve Leo, como hoje, fez um comunicado a demarcar-se completamente, e depois viu-se o que foi. Eu já vi as imagens. Isto não foi um incidente menor. Foi um incidente premeditado. Dois elementos conseguem identificar-se muito bem, são da Juve Leo, que agrediram ao pontapé um segurança, um elemento do conselho diretivo, Filipe Osório de Castro. Se forem sócios do Sporting serão expulsos. A filha de Miguel Afonso foi cuspida três vezes na cara. O Sporting não pode pactuar com isto.

Consequências: Isto é uma escalada que tem vindo a acontecer. O ataque a Alcochete nem há dois anos foi. Há poucos meses houve uma invasão a uma garagem, depois a um pavilhão, e agora isto. A Juve Leo faz um comunicado, mas o que é a Juve Leo? Apresentem-se. Conhecemos o presidente, que está detido, mas quem são os outros? Apresentem-se ao país.

Apoios às claques: Quando cheguei à direção, reuni com os grupos e expliquei que as ofertas iam acabar, cerca de 900 bilhetes por jogo. Durante o ano, expliquei que o apoio que queríamos dar seríamos para apoiarem. Propusemos uma Gamebox a 120 euros, mas teria de ser vendido nas bilheteiras do Sporting, para que o processo fosse o mais transparente possível. O que as claques querem é bilhetes de época sem nome para os revenderem mais caro. À terceira jornada, o Sporting jogou em Portimão, venceu e era líder. O que é que aconteceu? Insultos, ameaças... Porquê? O que é que mudou? Mudou cerca de 300 a 400 mil euros por ano que eram dados. Houve outro problema. Ontem, em Alvalade, o Portimonense começa a ganhar e o golo foi festejado pela claque do Sporting.

Sporting é governável: O que o Sporting viveu nos últimos dois anos... Vai sobreviver e vai ser cada vez mais forte, mas para isso há coisas com as quais tem que rasgar de vez. Nunca mais pode haver uma direção de uma claque a deitar abaixo treinadores e a ameaçar dirigentes.

Frederico Varandas ameaçado: Desde 24 de maio de 2018. Só que, ao contrário de outras direções, que não estiveram para aturar isto, nunca vou abandonar o Sporting a esta gente.

AG destitutiva: Não vou falar enquanto presidente, vou falar enquanto sócio do Sporting. Em 114 anos de história, houve uma direção que foi destituida. Vou esquecer como é que esta direção pegou no Sporting. Vou esquecer que tivemos que pagar 40 milhões aos bancos no primeiro ano. Vou ignorar que tínhamos que reembolsar os obrigacionistas em 300 milhões de euros. No ano passado tivemos, desportivamente, a melhor época dos últimos 16 anos, e, este ano, a época está a correr mal, por erros nossos e condicionados pelo passado. Se, por estes resultados desportivos, uma direção cai, o próximo presidente do Sporting não dura sequer um ano.

Sporting unido ou desunido: O Sporting alguma vez foi unido? Que me lembre, não. Existe união com pessoas que fizeram o que fizeram ontem? Existe um lugar para estas pessoas, que é fora do Sporting. União com isto? Não.

Clubes de futebol não pagam impostos: Uma vergonha. A minha equipa candidatou-se para mudar completamente o passado do Sporting, mas, acima de tudo, lutar pela defesa do Sporting sem abdicar dos seus princípios. Acredito que é possível ter gente como a da minha direção no futebol. Há quem diga que não. Acabo por ser o ET. Se calhar, sou muito mais incómodo do que presidentes que fecham os olhos. Há uma coisa que me dá muita força, que é o desprendimento que tenho. Quando digo que levo esta missão até ao fim, levo. A minha missão é entregar o clube melhor do que o recebi. É uma missão dura. Vou guardar saudades? Se calhar não.

Demissão: Fui eleito pela maioria dos sócios do Sporting para um mandato de quatro anos. Vamos levá-lo até ao fim. Vamos entregar o clube muito melhor do que estava. Não nos vamos demitir.

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