O Benfica venceu (2-0) ontem em casa do Paços de Ferreira, em jogo da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, e aumentou à condição, uma vez que o FC Porto só joga na terça-feira, para 10 pontos a vantagem sobre os dragões.

O internacional português Rafa Silva foi a figura de destaque, marcando e assistindo. O primeiro tento das águias, aos 39 minutos, foi da autoria do internacional luso, sendo que participou com uma assistência no golo que abriu o segundo tempo, apontado pelo brasileiro Carlos Vinicius, aos 47.

Com a 15.ª vitória consecutiva no campeonato, e o 18.º triunfo fora de portas na competição, as águias chegaram aos 51 pontos, mais 10 que os 'dragões', que jogam com o Gil Vicente, após perderem (1-0) a final da Taça da Liga com o Sporting de Braga no sábado.

Do outro lado, lembrar ainda que os pacenses sofreram a primeira derrota desde a 13.ª jornada, na receção ao Vitoria de Setúbal, terminando Ricardo Ribeiro uma senda de quatro jogos sem sofrer golos.

Num momento em que todos os clubes se tentam reforçar, os reforços do Benfica, estavam, ao que parece, em casa, com Rafa a sair do banco em Alvalade e fechar uma importante vitória, e agora a repetir o 'bis', com um golo e uma assistência.

Julian Weigl, o outro reforço de inverno, também esteve em bom plano, alinhou de início e recebeu elogios de Bruno Lage no final da partida.

Figura: Rafa Silva. O futebolista encarnado voltou as relvados depois de lesão com a mesma forma com que dele tinha saída. Com golos, jogadas de grande nível e assistências, o internacional luso relegou o 'habitual' Chiquinho para o banco de suplentes, provando que, tal como diz o seu treinador, o futebol é o momento atual.

Surpresa: Ricardo Ribeiro. O guardião pacense somava vários jogos sem sofrer e durante todo o encontro foi uma muralha de relevo face aos ataques encarnados. Mostrou-se em bom plano apesar de ter sofrido dois golos. 

Desilusão: Tanque. O homem-golo do Paços podia ter feito melhor em alguns momentos da partida. Não teve muitas bolas na frente de ataque, mas quando teve em posição de visar a baliza adversária disparou muito longe do alvo. 

Pepa: Montou uma estratégia para o jogo longe da típica 'normativa' de equipa escondida. Aguentou os minutos iniciais do Benfica, respondeu com os argumentos que tinha à sua disposição, mas levou muitas vezes o jogo para o meio-campo, longe da sua baliza. A equipa perdeu gás no segundo tempo e pareceu, de certa forma, sem soluções para furar a muralha encarnada.

Bruno Lage: Sabendo das dificuldades de jogar fora de casa num estádio tradicionalmente complicado para os grandes, o técnico mudou pouco, pondo apenas de início Rafa Silva face às suas habituais opções recentes. Ofereceu parte do jogo ao adversário, obrigando-o a ter bola, a errar e, consequentemente, dar espaços na sua defesa. Teve em Rafa a chave do jogo, mas ainda tinha muito poder de fogo sentado ao seu lado no banco. 

Manuel Oliveira: Teve um jogo relativamente simples, com poucos lances de decisão dúbia ao que carecessem análise técnica de elevado gabarito. Deu alguns cartões amarelos - seis no total - numa partida que esteve longe de ter grandes lances polémicos. Sai da Capital do Móvel sabendo que não foi protagonista... o que é bom sinal sempre que se fala de uma equipa de arbitragem