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Mercado de Inverno: FC Porto gastador deu lugar ao dragão 'poupadinho'

Dragões têm histórico de gastos elevados em janeiro, mas Sérgio Conceição já garantiu, num passado recente, que não irão ser levados a cabo ajustes no plantel.

Mercado de Inverno: FC Porto gastador deu lugar ao dragão 'poupadinho'
Notícias ao Minuto

08:02 - 27/01/20 por Rodrigo Querido

Desporto Análise

A reabertura do mercado de transferências em janeiro marca o momento em que as equipas, a meio da temporada, se reforçam antes das grandes decisões da temporada. Estes últimos dias do mês prometem uma grande azáfama no que toca a entradas e saídas de jogadores, mas o FC Porto parece escapar a esta regra. Os portistas decidiram inverter um pouco a tendência dos últimos anos e passaram a olhar para o mercado 'interno'.

"O plantel que tenho à disposição dá-me garantias para competir em todas as competições em que estamos inseridos. Não haverá reajustes", afirmou recentemente Sérgio Conceição. Estas afirmações transmitidas pelo técnico portista contradizem o passado recente dos azuis e brancos nesta janela do mercado de transferências.

Nos últimos cinco anos, o FC Porto foi o clube que mais dinheiro investiu em reforços em janeiro, num total de 36 milhões de euros em 11 jogadores desde 2014-15. Mas esta temporada os portistas não deverão avançar para contratações. Ao invés, até ao final do mês, os azuis e brancos podem até emagrecer o plantel por forma a cumprir os compromissos com a UEFA no que diz respeito ao fair-play financeiro. Mas já lhe explicamos isso.

Comecemos pelos gastos na última época. Os dragões gastaram 12,25 milhões, naquele que representou o maior investimento na reabertura do mercado. Grande parte deste valor foi dispendido na chegada de Loum por 7,75 milhões, médio que não tem sido opção regular de Sérgio Conceição. Além do senegalês, os azuis e brancos adquiriram ainda Wilson Manafá (três milhões de euros) e Fernando Andrade (1,5 milhões), além do regresso a custo zero de Pepe.

As últimas cinco janelas de inverno marcaram também a chegada de dois jogadores que hoje em dia são fulcrais no onze inicial. Marega foi contratado ao Marítimo em 2015/16 por 3,8 milhões de euros. Neste mesmo mercado foi contratado o japonês Suk (1,5 milhões), mas que não deixou boas memórias aos adeptos portistas. Na época seguinte foi a vez de Soares rumar ao Dragão. O brasileiro, em grande forma esta temporada, chegou aos azuis e brancos proveniente do Vitória SC a troco de 5,6 milhões de euros.

Destacam-se também neste mercado de janeiro as chegadas de Hernâni e de Fernando Andrade. O extremo, agora no Levante, foi contratado ao Vitória SC em 2014/15 por 2,9 milhões de euros e revelou-se útil nas épocas em que representou os dragões, somando 52 jogos e sete golos, acabando por sair a custo zero neste mercado de verão. Já o brasileiro, que se encontra emprestado ao Sivasspor, chegou ao Dragão em janeiro do ano passado depois de época e meia em que se exibiu em boa forma com a camisola do Santa Clara. O avançado, de 27 anos, marcou dois golos em 22 partidas pelos portistas, ambos na edição do ano passado da Taça da Liga.

Outros reforços de inverno que acabaram por não ter impacto na equipa foram Paulinho (3 milhões), Yordán Osorio (2 milhões) e Majeed Waris (5,2 milhões), todos eles já sem ligação ao clube da cidade Invicta. Gonçalo Paciência, que regressou do empréstimo ao Vitória FC, também foi reforço de inverno em janeiro de 2018, mas acabou por não conseguir dar continuidade à boa temporada que estava a fazer no Bonfim.

Ora, estes atletas não tiveram o rendimento esperado, mas custaram muitos milhões aos cofres portistas e obrigaram a uma mudança de paradigma na abordagem ao mercado de janeiro sobretudo na presente temporada, passando a aposta a ser feita em jogadores formados no Olival, como confirmam as recentes renovações de contrato com jovens promessas.

O último relatório e contas do FC Porto revela que os dragões precisam de garantir cerca de 77,969 milhões de euros em mais-valias, resultantes das transferências jogadores. Ou seja, é preciso cortar em chegadas de atletas e acelerar as vendas de passes para cumprir o fair-play financeiro da UEFA.

Em termos práticos, os azuis e brancos necessitam de fazer até junho deste ano mais de 100 milhões de euros, uma vez que a SAD portista precisa que esses quase 78 milhões de euros em mais-valias sejam em valor líquido, já sem as comissões de intermediação, prémios de assinatura ou outras despesas relacionadas com as cedências de passes.

Jogadores como Zé Luís, Alex Telles, Soares, Marega, Otávio ou Fábio Silva são atletas com mercado e que podem deixar o Dragão até 30 de junho.

Transferências realizadas durante a reabertura de mercado - temporada 2014/15 até ao presente
Jogador Valor pago (Milhões de euros) Jogos realizados Golos
Hernâni (14/15) 2,9 52 7
Suk (15/16) 1,5 14 2
Marega (15/16) 3,8 125 52
Soares (16/17) 5,6 120 60
Paulinho (17/18) 3 3 0
Osorio (17/18) 2 1 0
Waris (17/18) 5,2 8 0
Loum (18/19) 7,5 9 1
Manafá (18/19) 3 43 1
Fernando Andrade (18/19) 1,5 22 2
Pepe (18/19) custo zero 45 3

Leia Também: FC Porto ataca mercado 'interno' e vai renovar com três atletas

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