O selecionador nacional de andebol garantiu, esta sexta-feira, que Portugal quer estabelecer o quinto lugar como a melhor classificação de sempre no Europeu da modalidade e que a sua equipa vai "jogar para ganhar" à Alemanha, uma das maiores potências mundiais.

"Se formos pragmáticos, ficar em quinto ou em sexto é exatamente a mesma coisa. Se formos competitivos, como temos sido até agora, vamos jogar para ganhar. Sempre. Vamos tentar ficar no ‘top 5', que seria extraordinário", disse Paulo Jorge Pereira, em encontro com a comunicação social, em Estocolmo.

Para bater os germânicos, detentores de três títulos mundiais, dois europeus e um olímpico, a chave será, "como sempre, a defesa": "[A Alemanha] marca 35% dos golos em contra-ataque. Vai ser um jogo em que temos de correr. Tem uma primeira linha do melhor que há, embora também tenha dos melhores pontas do mundo".

"É uma sensação dual, porque temos mesmo de ir descansar, porque foi uma luta enorme durante bastante tempo, que felizmente acabou bem, mas não me importava nada de prolongar mais um pouco, jogar contra as melhores seleções do mundo e mostrar que em Portugal também há andebol de qualidade", atirou ainda o técnico, quando questionado sobre o sétimo lugar alcançado no Europeu de 200 na Croácia.

O selecionador sublinhou ainda que sempre existiu qualidade na equipa nacional, mas ressalvou que o faltou durante os 14 anos em que os lusos estiveram afastados das grandes competições internacionais foi "perceber que existia essa qualidade".

"Eu percebia. Não consigo dizer que fui eu que fiz o clique, mas que todos temos trabalhado estes anos todos para fazer o clique, isso temos. Em algum momento tinha de haver um resultado visível", sustentou.

Paulo Pereira admitiu que chegou a sonhar com a passagem à meia-final da prova e considerou que a equipa "tinha qualidade para isso", alertando para a importância de "continuar a trabalhar, porque há muitas coisas a melhorar em Portugal para que o andebol seja um desporto sólido".

"Podíamos perfeitamente ter chegado às meias-finais, mas também temos de estar conscientes de que fizemos muitas coisas bem feitas para podermos estar nesta situação, difíceis de fazer, e não sei se será sempre assim", advertiu.