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A solução do dérbi estava no banco: As notas do Sporting-Benfica

Rafa Silva entrou aos 74 minutos e desatou um difícil nó que até então figurava no marcador. Águias aproveitaram para ampliar vantagens e construir uma liderança mais consolidada.

A solução do dérbi estava no banco: As notas do Sporting-Benfica
Notícias ao Minuto

08:09 - 18/01/20 por Francisco Amaral Santos

Desporto Análise

Foi uma noite de muitos nervos aquela vivida na sexta-feira em Alvalade. O Benfica aproveitou a boleia de Rafa para vencer o Sporting (2-0) em Alvalade, em jogo da 17.ª jornada da I Liga, para consolidar a liderança, ao mesmo tempo que aumentou as distâncias face aos rivais Sporting.... e FC Porto. Os encarnados estão agora com 48 pontos, mais sete do que os dragões e 19 face aos leões. 

No entanto, desengane-se quem acha que o triunfo das águias foi fácil. Muito pelo contrário. Após uma primeira parte equilibrada e com várias oportunidades de golo, a segunda metade contou com maior domínio do Sporting até ao momento em que Rafa Silva saltou do banco de suplentes. 

O avançado português, que recentemente regressou de lesão, rendeu Chiquinho aos 74 minutos e passados seis minutos fez aquilo que já poucos acreditavam: um golo numa partida cujo nulo teimava em manter-se. 

Aos 80 minutos e após tamanha insistência de Carlos Vinícius, Rafa bateu Maximiano com um remate forte que só parou no fundo das redes adversárias. Mas o show de Rafa não ficou por aqui. Ainda antes do apito final, o avançado português voltou a marcar e bisou no dérbi de Alvalade através de uma trivela que acabou com as incertezas. 

A Figura

O segredo da vitória estava guardado no banco. Chamava-se Rafa e apenas não terá sido titular porque não deve estar em condições de alinhar durante os 90 minutos. Ainda assim, Rafa exemplificou que não precisa de muito tempo para causar estragos e para resolver jogos. Entrou aos 74 minutos, marcou aos 80 e acabou com as incertezas aos 90+9'. Foi um verdadeiro furacão aquele que passou em Alvalade. O regresso à titularidade está aí à porta. 

A surpresa

Rafael Camacho foi o jogador escolhido para colmatar a ausência do lesionado Vietto. O jovem avançado português esteve sempre muito ativo na partida e até teve nos pés a possibilidade de inaugurar o marcador aos 13 minutos. O poste salvou Odysseas, manteve o nulo, mas não desmoralizou Camacho que assinou uma exibição de encher o olho em Alvalade. Foi uma autêntica dor de cabeça para Grimaldo, jogador do Benfica que pouco se viu no ataque por conta do trabalho defensivo promovido pelas incursões de Camacho. 

Camacho mostrou, acima de tudo, que merece mais minutos e que está à frente de jogadores como Jesé Rodríguez

A desilusão

Chiquinho pareceu perdido em Alvalade. O jogador português não conseguiu fazer aquilo que geralmente faz sempre que é chamado a jogo por Bruno Lage e ontem esteve muito apagado perante um adversário que até revelou algumas dificuldades em defender entre linhas. O jogo não estava a correr bem para Chiquinho e o dado mais evidente estava na falta de entendimento com Carlos Vinícius, tendo em conta que, em outros jogos, tantos estragos causaram juntos. Acabou por ser o primeiro sacrificado de Bruno Lage na partida e permitiu a entrada de Rafa Silva, o jogador que viria a mudar o rumo dos acontecimentos. Poderá ter perdido a titularidade.

Silas

Apostou no habitual sistema tático, embora com uma nuance. Na hora de construir jogo, Doumbia baixava para formar um trio de centrais e Wendel recebia a bola de costas para a baliza de Odysseas. Na primeira parte, esta forma de encarar o jogo foi quase sempre pouco produtiva. Apenas Bruno Fernandes conseguiu dar outro colorido à exibição leonina que, diga-se, melhorou significativamente na segunda parte. No entanto, na hora de defender viu os defesas complicarem e Rafa marcar. 

Fica também a sensação de que mexeu tarde. Aliás, só mexeu quando ficou em desvantagem.  

Bruno Lage

Optou por um duplo pivot formado por Weigl e Gabriel, com o intuito de procurar a profundidade nos corredores. No entanto, Grimaldo estava demasiado ocupado por contas das incursões ofensivas de Camacho e pouco participou no processo ofensivo. Na segunda parte, perdeu o controlo total da partida e só o recuperou com a entrada de rompante de Rafa Silva. Soube onde estava a chave da vitória ao lançar o avançado português que recuperou de lesão recentemente. 

Conseguiu, ainda, bater o recorde de vitórias fora de casa na Liga: 17. Um registo histórico para um treinador cujo campeonato parece ser a sua especialidade. 

Hugo Miguel

A noite de Hugo Miguel não foi fácil. O árbitro lidou com um jogo muito intenso e teve de distribuir vários cartões amarelos. Fica por perceber o porquê de ter demorado tanto tempo em validar o primeiro golo do jogo, uma vez que Rafa Silva estava com uma margem de 25 centímetros face ao possível fora de jogo. Desempenho com altos e baixos, tal como foi o jogo. 

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