Sérgio Conceição compareceu, ao início da tarde deste sábado, na conferência de imprensa de antevisão do Sporting-FC Porto deste domingo. Confira o essencial da conferência do técnico azul e branco:

Importância do Clássico: Estamos preparados. A importância do jogo é igual para os dois clubes, até porque estes clubes clubes grandes têm sempre a obrigação de ganhar, independentemente da classificação e do momento das equipas. Esperamos um jogo com o favoritismo repartido a 50/50 e um jogo diferente de todos os Sporting-FC Porto que houve. Cada jogo tem a sua história.

Danilo: Está melhor, vai estar convocado. Amanhã veremos se o poderemos utilizar no jogo.

Primeira vitória da carreira em Alvalade?: São estatísticas e nós não baseamos o nosso trabalho nelas.

Jogo decisivo?: Os jogos são sempre importantes, não sabemos qual deles será decisivo ou o mais importante para a decisão do título. Os jogos entre os rivais são importantes, são jogos de seis pontos, como se costuma dizer, pois podem impedir o rival direto de conquistar pontos. Mas, depois deste jogo, ainda faltam 19 jornadas. É muito campeonato. Não vai decidir absolutamente nada.

Benfica joga primeiro nesta jornada: Isso não nos pode condicionar, não pode interferir no nosso trajeto, na nossa caminhada, no nosso foco e naquilo que vai ser a nossa prestação no jogo. Temos de pensar no nosso jogo e não no dos outros.

Mercado de janeiro: Saídas? Há sempre esse perigo. Pode haver um clube que chegue e bata a cláusula de rescisão de um jogador, levando-o se ele quiser. Há situações que não podemos controlar. Se eu quero que isso aconteça, o que venha algum jogador do plantel? Isso já disse, em dezembro, que o plantel está fechado. Aliás, está aberto porque há jogadores da equipa B interessantes e podem ser reforços para a equipa principal.

O Sporting defende mal?: Não acho. Até pelos últimos jogos, tem sofrido e pouco e marcados muitos golos. É uma equipa que, com o Silas, gosta de atacar, mete muita gente no último terço e em zonas de finalização. Claro que, se não estiver equilibrada, pode sofrer mais, isso é normal. Mas o Sporting tem sofrido pouco, acho que está uma equipa mais organizada, num bom momento. Acho que é uma equipa que sabe aquilo que faz, tem uma mobilidade muito interessante.

FC Porto mais próximo do jogo com o Benfica ou das últimas prestações: Será um FC Porto mais próximo do que eu quero para este jogo. Temos que nos ajustar. Os jogos não são iguais, criam-nos dificuldades diferentes.

Corrida a quatro pelo título?: A partir do momento em que seja possível, matematicamente, às equipas atrás de Benfica e FC Porto chegarem ao título, então sim. O Sporting é um histórico. O Sp. Braga tem lutado por esse objetivo. Antes davam o Sporting como morto e ontem já ouvi que, se vencer, poderá outra vez entrar na luta pelo segundo lugar. Há muitos pontos em disputa e muito campeonato pela frente.

Criatividade ou rigor tático?: Há o momento dos próprios jogadores, mas não podemos fugir à identidade da equipa, que têm de estar bem definida, independentemente do jogador que jogue. A relação entre os jogadores é que faz com que eu defina a tática para o jogo e escolho o onze.

Paragem no campeonato: É um transtorno maior para a minha família, que leva comigo mais tempo em casa. Não gosto destas paragens prolongadas. Há sempre aspetos positivos, como trabalhar situações individuais ou com jovens, corrigir certas situações, mas é muito tempo. Nestes meses, houve muitas pausas que não foram benéficas para o campeonato. E, mais tarde, vamos pagar por isso, estamos envolvidos em quatro competições e vai haver uma sobrecarga de jogos. Acho que tira um pouco não de brilho, mas da sequência de jogos que as pessoas e nós gostamos. Nós estavamos num momento bom, mas o Sporting também estava.

Mais de 11 anos e 14 jogos sem ganhar em Alvalade: Nunca liguei muito a isso, não dou valor. Os jogos são todos diferentes e têm a sua história. E quem escreve essa história somos nós, treinadores e jogadores que vão para o campo. Não vale de nada olhar para o passado, não podemos mudar nada. Isso não nos pode condicionar. Amnhã, vamos querer escrever uma nova história. Quando estava na Académica, ganhei ao FC Porto mais de 40 anos depois, mas não foi por estar a pensar nisso que consegui ganhar.