Meteorologia

  • 24 ABRIL 2024
Tempo
21º
MIN 13º MÁX 24º

"Trabalho todos os dias para chegar a um 'grande' de Portugal"

Leonel Mosevich, central argentino que chegou a Portugal no último verão, para representar o Nacional, esteve à conversa com o Desporto ao Minuto.

"Trabalho todos os dias para chegar a um 'grande' de Portugal"
Notícias ao Minuto

08:12 - 20/12/19 por Gonçalo Tristão Santos c/ Carlos Pereira Fernandes

Desporto Exclusivo

Leonel Mosevich é um defesa central argentino, de 22 anos, que chegou ao nosso país para representar o Nacional da Madeira, por empréstimo do Argentinos Juniors, no último verão.

Numa entrevista concedida ao Desporto ao Minuto, o futebolista, internacional pela seleção de sub-23 do seu país, abordou a sua adaptação a Portugal, as dificuldades que sentiu para se impor no emblema madeirense e até uma possível convocatória para os Jogos Olímpicos do próximo ano, que se irão disputar em Tóquio, no Japão.

Chegou a Portugal esta época para representar o Nacional. Qual foi a sua primeira impressão do nosso futebol?

A primeira impressão foi muito boa. Já acompanhava o campeonato português pela televisão. Gosto muito da Liga portuguesa e da forma como jogam aqui. Sempre tive a ideia de que era um futebol muito dinâmico, com jogadores de muita qualidade. Aqui, joga-se a um ritmo elevado. A verdade é que estou a gostar muito. Gostaria muito de fazer carreira aqui em Portugal.

Começou a jogar regularmente pelo Nacional no último mês de novembro, depois de ter ficado fora das opções nos primeiros meses da temporada. Por que razão demorou tanto tempo a afirmar-se?

Estive nos Jogos Pan-Americanos com a seleção de sub-23 da Argentina. Ganhámos a medalha de ouro. E, quando começou a temporada, eu ainda estava com a seleção. Só cheguei em finais de agosto. Nessa altura, a equipa estava a jogar bem e eu acabei por não ter oportunidades. Quando a oportunidade chegou, agarrei-a e, graças a Deus, hoje continuo a jogar.

Sonha em dar o salto para o primeiro escalão do futebol português? Poderia fazê-lo ao serviço do Nacional, caso o clube assegure a subida à I Liga esta época?

Eu acho que nós [Nacional] estamos bem, estamos a realizar uma boa temporada. Este é o caminho. A subida é um objetivo pessoal, mas também do clube, naturalmente.

Como argentino, que outros futebolistas do seu país mais gostou de ver jogar em Portugal nos últimos anos?

Houve muitos jogadores argentinos a jogar em Portugal recentemente. Destaco o Nicolás Otamendi, que sei que passou pelo FC Porto, e o Lisandro López, que representou o Benfica.

E acha que pode seguir as pisadas desses dois jogadores, representando um dos chamados 'grandes' em Portugal?

É para isso que trabalho todos os dias. O tempo irá dizer onde estarei a jogar no futuro. Seja num 'grande' ou em outra equipa, trabalho sempre da mesma forma. Mas sim, claro que trabalho para chegar a uma equipa de grandes dimensões.

Antes de chegar a Portugal, esteve uma época na Suíça, ao serviço do St. Gallen. Com que impressão ficou da primeira liga desse país? E de que forma se diferenciam o futebol português e o suíço?

Em Portugal e na Suíça joga-se um futebol diferente, acho que o jogo é distinto nos dois países. Em Portugal há mais qualidade. Na Suíça, a estrutura do clube e da Liga... funcionava tudo muito bem, os clubes não tinham problemas significativos. Além de que é um país muito bom para se viver.

Em 2017, teve a oportunidade de representar a Argentina no Mundial de sub-20. O que significou para si estar entre os eleitos e poder jogar pelo seu país numa competição tão importante?

Foi algo único, uma experiência que vou recordar sempre. Nunca vou esquecer. Jogar um Mundial de sub-20 é algo único, só acontece uma vez. Por isso, vou guardar essa experiência para sempre.

A Argentina, contudo, ficou-se pela fase de grupos nesse Campeonato do Mundo. Ficou desapontado com a prestação da sua seleção?

Sim, a verdade é que fiquei. Tínhamos muitas esperanças, porque tínhamos uma grande equipa, com jogadores de grande nível. Ser eliminado logo na primeira fase doeu muito, a todos nós.

Mas foquemo-nos no futuro. Depois de ter estado nos Jogos Pan-Americanos, espera poder representar a Argentina também nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio?

Sim, claro que sim. Agora, em janeiro, disputam-se os Torneios Pré-Olímpicos e eu estava convocado. Mas o clube [Nacional] não me deu autorização para ir, porque vamos ter jogos muito importantes e, por isso, eu tenho de ficar em Portugal, não poderei ir à seleção. Mas não acho que isso torne impossível a minha presença na convocatória para Tóquio. Se continuar a jogar e a fazer as coisas bem, certamente serei chamado para os Jogos Olímpicos. É a ideia que tenho e um objetivo que quero cumprir.

Ainda é muito jovem e acabou de chegar à Europa. Considera que é realista pensar numa possível chamada à seleção principal da Argentina, num futuro não muito distante?

Não é impossível. Eu não considero nada impossível. Mas tenho de pensar na realidade e ir passo a passo. Daqui a seis meses ou um ano, irei analisar a minha realidade e perceber se posso chegar à seleção ou não. Hoje, só penso em trabalhar e dar o meu melhor, esteja onde estiver.

Recomendados para si

;

Acompanhe as transmissões ao vivo da Primeira Liga, Liga Europa e Liga dos Campeões!

Obrigado por ter ativado as notificações do Desporto ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório