As instalações da Sociedade Anónima Desportiva do (SAD) do Boavista foram esta quarta-feira alvo de buscas no âmbito de um inquérito crime relacionado com fraude fiscal e branqueamento, confirmou à Lusa fonte da Procuradoria Geral da República.
O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, estando envolvidos na operação meios da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária.
De acordo com a PGR, estão a ser realizadas "buscas no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do DIAP do Porto" em que se "investigam suspeitas da prática de crimes de fraude fiscal e branqueamento."
As buscas estendem-se a uma empresa organizadora de eventos, segundo a edição 'online' do Jornal de Notícias, mas ainda não há arguidos.
A Polícia Judiciária enviou, entretanto, um comunicado sobre a operação policial levada a cabo durante a manhã, para cumprimento de "mandados de buscas domiciliárias e não domiciliárias, pela presumível prática de crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento".
O documento refere que foram levadas a cabo dez buscas domiciliárias e três buscas não domiciliárias, entre as quais duas sociedades anónimas desportivas (SAD). Uma delas é a do Boavista, sendo que a identidade da outra é desconhecida.
Numa reação a estas notícias, o clube informou que está a colaborar com as autoridades e revelou que nenhum funcionário ligado ao clube teve buscas domiciliárias.
"O Boavista está a colaborar com as autoridades para que fique esclarecido o mais rapidamente possível. Só mais tarde poderemos abordar o tema com maior clareza. Podemos sim adiantar que ninguém dos quadros do Boavista foi alvo de buscas domiciliárias", explicou o emblema 'axadrezado', numa nota enviada aos jornalistas.