Os números não mentem: Pizzi nunca rendeu tanto na Europa
Internacional português capitaneou as águias na vitória diante do Zenit e garantiu afirmação europeia em nome próprio.
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Desporto Análise
Pizzi encontra-se a viver um momento de forma nunca antes visto com a camisola das águias. O médio português capitaneou o Benfica no triunfo (3-0) categórico diante do Zenit, numa partida que assinalou a despedida da Liga dos Campeões mas que garantiu, ainda assim, o acesso à Liga Europa.
Pizzi esteve em plano de evidência. assistindo para o primeiro golo, apontado por Cervi, e sendo o autor do segundo, através da conversão de uma grande penalidade.
Feitas as contas, Pizzi assinou o 16.º tento na temporada e já conta com o melhor registo de sempre na carreira. Mas há mais. Pizzi também confirmou o bom desempenho na Europa e os dados são arrebatadores.
O centrocampista cumpriu, na noite de terça-feira, o 48.º jogo nas competições europeias, mas contabiliza apenas cinco golos. No entanto, desses cinco golos, três foram apontados na presente participação do Benfica na Liga dos Campeões. Ou seja, Pizzi nunca tinha rendido tanto na Europa.
Com o encerrar da fase de grupos da Champions, Pizzi acumulou um saldo de seis jogos disputados, três golos marcados e duas assistências efetuadas, um registo que não tem comparação com qualquer outra participação europeia nas anteriores temporadas.
Benfica rounding off group stage in style!#UCL pic.twitter.com/lRMPXNjQFJ
— UEFA Champions League (@ChampionsLeague) December 10, 2019
O melhor registo de Pizzi até então tinha ocorrido na época passada, mas na fase de qualificação para a fase de grupos. Pizzi ajudou o Benfica a ultrapassar a 3.ª pré-eliminatória, diante do Fenerbahçe, e o playoff, perante o PAOK, amealhando dois golos e uma assistência nestes quatro jogos disputados.
Em partidas da fase de grupos na maior prova de clubes, o camisola 21 nunca tinha marcado qualquer golo e esta temporada fê-lo por três ocasiões, sendo que todos eles tiveram um peso significativo no desenrolar dos encontros.
Na Luz, diante do Lyon, o médio até começou o jogo no banco, mas foi ele quem ofereceu a vitória aos encarnados depois de aproveitar um erro monumental do compatriota Anthony Lopes. Mais tarde, na Alemanha, na visita ao RB Leipzig, foi Pizzi quem inaugurou o marcador, numa fase do jogo em que o Benfica estava a ter sérias dificuldades em segurar o jogo. E, na terça-feira, foi novamente decisivo, ao não vacilar na marca do castigo máximo, revelando sangue frio para levar o Benfica à Liga Europa.
Curiosamente, na antevisão da partida com a equipa russa, Bruno Lage enfatizou a boa temporada de Pizzi e o internacional português correspondeu da melhor forma, oferecendo factos à opinião do treinador encarnado.
"Tiveram aqui o Pizzi, que está a fazer a melhor época de sempre, e metade das perguntas foram sobre os jogos que ele não jogou e ninguém lhe perguntou se ele iria jogar amanhã", afirmou Bruno Lage, na passada segunda-feira.
Época | Competição | Clube | Jogos | Golos | Assistências | Minutos |
2019/20 | Liga dos Campeões | Benfica | 6 | 3 | 2 | 403 |
2018/19 | Liga Europa | Benfica | 4 | 0 | 1 | 246 |
2018/19 | Liga dos Campeões | Benfica | 6 | 0 | 1 | 322 |
2018/19 | Qualificação da Liga dos Campeões | Benfica | 4 | 2 | 1 | 336 |
2017/18 | Liga dos Campeões | Benfica | 6 | 0 | 0 | 482 |
2016/17 | Liga dos Campeões | Benfica | 8 | 0 | 0 | 720 |
2015/16 | Liga dos Campeões | Benfica | 10 | 0 | 0 | 535 |
2014/15 | Liga dos Campeões | Benfica | 1 | 0 | 0 | 90 |
2011/12 | Liga Europa | Atlético de Madrid | 3 | 0 | 0 | 120 |
Falta marcar na Liga Europa
Pizzi já marcou em quase todas as competições que disputou ao longo da carreira. Para além dos palcos habituais, como o campeonato, a Taça de Portugal, Taça da Liga e Supertaça, o médio de 30 anos também fez o gosto ao pé na La Liga, na Taça do Rei e na Liga dos Campeões. De tudo isto, fica apenas a faltar uma competição: a Liga Europa.
Com o Benfica a ter presença garantida nos 16avos desta segunda prova de clubes da UEFA, o atleta encarnado poderá colocar um ponto final no jejum ao fim de sete jogos (quatro ao serviço do Benfica e três na altura que representava o Atlético de Madrid).
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