O FC Porto venceu, nesta quinta-feira, o Casa Pia, por 3-0, no Estádio Pina Manique, num duelo relativo à segunda jornada da fase de grupos da Taça da Liga.
Este triunfo arredou os piadenses da próxima fase da competição, colocando os dragões, na jornada final, diante do Desportivo de Chaves, a dependerem apenas de si próprios (vitória ou empate) para carimbar um lugar na final four da competição.
Num jogo de sentido único, todavia sem golos na etapa inicial, o emblema da Invicta apenas desbloqueou o marcador na etapa complementar por força de Renzo Saravia, que apontou o primeiro golo da sua carreira, Luis Díaz e Tiquinho Soares.
Nota ainda para Tomás Esteves, um jovem de 17 anos que fez a sua estreia com a camisola dos dragões, tornando-se no defesa mais jovem de sempre a conseguir tal feito de dragão ao peito... 94 anos depois.
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Figura do jogo: Sérgio Oliveira. Não marcou nenhum dos três golos, mas foi o arquitecto de um e podia e ter sido responsável por outros, caso houvesse maior precisão do tridente ofensivo na hora de arrombar a baliza. Sérgio tem nome de craque, dirá o seu treinador Conceição. Não é tão raçudo como o seu tutor, mas tem nos pés o perfume de um grande jogador. Tem visão, tem rasgo, tem perícia de desbravar uma floresta de jogadores num só passe, tem o condão de pegar numa 'varinha' e dizer quero a bola ali. E quem pode fazer isto tem um dom que merece ser aproveitado.
Surpresa do jogo: Nakajima. Voltou a aproveitar muito bem a oportunidade concedida por Sérgio Conceição. Não teve a sorte de colocar o seu nome na lista de marcadores, mas teve perícia para criar ocasiões, servir os companheiros e deixar recado bem vincado ao treinador: 'Sou um jogador que entra nas contas e pode fazer a diferença'. Fazer a diferença para muito melhor entenda-se.
Desilusão do jogo: Evandro Roncatto. O avançado do Casa Pia não tinha tarefa fácil pela frente, mas acabou o jogo sem um único susto à baliza do FC Porto. Dos seus pés não houve 'flor' de golo, nem 'flor' de perigo. Pedia-se mais trabalho para um Diogo Costa que assistiu, tranquilamente, ao jogo na 'sombra' da baliza.
Treinadores
Rui Duarte: Tinha um trabalho bastante árduo frente a um clube que atua num campeonato bem diferente do seu. Apesar das seis alterações promovidas, comparativamente ao último onze escalado, o Casa Pia conseguiu aguentar 55 minutos sem ter a baliza arrombada. Era difícil pedir mais a uma equipa que tem no campeonato o seu principal objetivo.
Sérgio Conceição: Dez alterações feitas relativamente ao onze que apresentou diante do Paços de Ferreira, atuando ainda com seis jovens da formação. O treinador azul e branco 'pintou um quadro' bem distinto dos anteriores, apostando, nomeadamente, em cores nacionais, mas sai de Pina Manique com nota bastante positiva. Apesar da falta de fulgor no ritmo imprimido na etapa inicial, na segunda o dragão conseguiu cuspir 'labaredas' dignas de um 'monstro' que não precisou de passar da 'terceira mudança' para sair feliz de Lisboa.
Árbitro da partida
Vítor Ferreira teve uma arbitragem tranquila e sem erros de maior. Bem no critério disciplinar, apenas se ia 'tramando' com os seus assistentes que, por mais do que uma vez, não assinalaram fora de jogo a lances que podiam ter culminado em golo para o FC Porto.