O Benfica gastou no mercado de verão mais de 30 milhões de euros em dois avançados, de modo a suprir a saída de João Félix para o Atlético de Madrid e o adeus de Jonas aos relvados, mas apenas um deles tem conseguido justificar o valor pago pelo clube da Luz.

Raúl de Tomás foi o mais caro dos dois. Chegou a Lisboa a troco de 20 milhões de euros e tinha no seu currículo uma passagem pelo Real Madrid, algo que justificaria de certo modo a sua contratação. Mas a verdade é que o avançado espanhol não conseguiu impor-se nos merengues e andou emprestado em clubes da primeira e segunda divisão espanhola onde, de facto, mostrou ter veia goleadora. O camisola 9 dos encarnados marcou 15 golos numa temporada ao serviço do Valladolid e 38 em duas épocas com a camisola do Rayo Vallecano.

O jogador, de 25 anos, chegou a Lisboa para tentar continuar nessa senda goleadora, mas a verdade é que não conseguiu impor-se nas escolhas de Bruno Lage, e só leva um golo marcado na derrota do Benfica, na Rússia, frente ao Zenit. RDT precisa de uma média de 743 minutos para balançar as redes adversárias. 

Depois de um início de temporada em que fez dupla de ataque com Seferovic, o espanhol foi colocado em segundo plano e o último jogo em que participou a titular foi no jogo da Taça de Portugal contra o Cova da Piedade. A sua última participação numa partida do campeonato remonta a 21 de setembro na partida com o Moreirense.

Em sentido contrário vai Carlos Vinícius. O avançado chegou ao Benfica de ‘fininho’ mas foi fazendo o seu trabalho e, neste momento, é um dos indiscutíveis de Bruno Lage. 

O brasileiro custou 17 milhões de euros aos cofres dos encarnados, mas não teve um início de carreira fácil na Luz. Depois do golo ao Paços de Ferreira na jornada inaugural, o camisola 95 lesionou-se e esteve fora das opções durante alguns jogos, mas voltou a tempo de se tornar preponderante na frente de ataque dos encarnados, principalmente quando salta do banco de suplentes.

O avançado, de 24 anos, já realizou 13 jogos oficiais pelos encarnados desde que chegou aos campeões nacionais, tendo apontado um total de sete golos - três deles depois de ter saído do banco - , uma situação que ocorreu em sete encontros distintos, o último dos quais na 11.ª jornada do campeonato contra o Santa Clara. Nos Açores, o brasileiro precisou apenas de nove minutos para marcar um golo. Depois de entrar ao intervalo, Vinícius marcou aos 54’.

Vinícius é mesmo o atleta das águias que menos minutos precisa para fazer golos. O brasileiro tem sete remates certeiros num total de 516 minutos de utilização em todas as competições, dando uma média 73 minutos entre cada golo. É, por isso, o rei dos artilheiros entre os jogadores já utilizados como avançados.

No que toca a Seferovic, o suíço tem andado um pouco desencontrado com os golos esta temporada. Depois de ter sido o melhor marcador do campeonato na última época, com 23 golos, o suíço só conta com dois golos na I Liga na corrente época – tem outros dois na Liga dos Campeões.

Apesar da menor efetividade goleadora, o helvético não perdeu a confiança do treinador Bruno Lage e é mesmo um dos mais utilizados pelo técnico setubalense. Ainda assim, Seferovic é também o que mais oportunidades de golo desperdiça entre este trio de avançados. O suíço precisa de 354 minutos para marcar um golo.

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